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Oriente Médio

Acordo sobre programa nuclear do Irã será aplicado no dia 20

12 jan 2014 - 17h18
(atualizado às 22h41)
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O acordo alcançado entre o Irã e as grandes potências no fim de novembro sobre o programa nuclear iraniano será aplicado a partir de 20 de janeiro, anunciou neste domingo o Ministério das Relações Exteriores do país. "A aplicação do plano de ação conjunto começará no dia 20 de janeiro", declarou o porta-voz da pasta, Marzieh Afjam, citado pela agência Mehr.

O acordo alcançado em Genebra estabelece um congelamento durante seis meses de algumas atividades nucleares do Irã em troca de um levantamento parcial das sanções impostas pelo Ocidente. Negociador iraniano, o vice-ministro das Relações Exteriores, Abas Araghchi, deve conceder uma entrevista coletiva na noite deste domingo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou hoje que o acordo sobre o programa nuclear iraniano entre Teerã e as grandes potências será aplicado a partir do dia 20. "Comemoro esse avanço importante, e vamos a partir de agora nos concentrar no trabalho crucial com o objetivo de obter uma resolução exaustiva que leve em conta nossas inquietações relacionadas ao programa nuclear iraniano", declarou Obama em comunicado.

"Não tenho ilusões quanto à dificuldade em alcançar esse objetivo, mas em nome da segurança nacional e mundial, chegou a hora de dar uma oportunidade à diplomacia", pontuou o presidente americano.

Os representantes iranianos e da União Europeia chegaram a uma resolução nesta sexta-feira em Genebra sobre a aplicação do acordo temporal que precisava de ratificação por parte dos países signatários e de decisão da data de início para sua aplicação, segundo os negociadores. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, negociou com o Irã em nome do grupo 5+1 (China, Estados Unidos, Rússia, Reino Unido e França, mais a Alemanha). 

O acordo entre o grupo 5+1 e Teerã prevê uma limitação no enriquecimento de urânio no Irã a menos de 5% durante seis meses, um período no qual não haverão novas sanções econômicas para o país e parte das que são aplicadas atualmente serão retiradas. A última rodada de negociações realizada em Genebra estava destinada a regular de forma política três questões pendentes.

Uma das principais, segundo as fontes diplomáticas, se referia às últimas gerações de centrífugas iranianas para enriquecer urânio. O Irã possui atualmente mais de 19 mil centrífugas, das quais mil são de segunda geração e ainda não começaram a funcionar.

Os países ocidentais e Israel suspeitam que o Irã tente levar adiante um programa para elaboração de uma bomba atômica, hipótese descartada pela república islâmica, que garante que seu programa tem fins civis.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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