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Oriente Médio

Abbas sobre esforços pela paz: "a bola está no campo de Israel"

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) reconheceu que o secretário de Estado americano, John Kerry, está fazendo 'grandes esforços'

4 jun 2013 - 16h31
(atualizado às 16h48)
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou nesta terça-feira, em relação aos esforços dos Estados Unidos para reativar as negociações de paz no Oriente Médio, que "a bola está no campo de Israel".

Em uma aparição em Ramala com o presidente das ilhas Maldivas, Mohammed Wahid Hassan, Abbas reconheceu que o secretário de Estado americano, John Kerry, está fazendo "grandes esforços" entre israelenses e palestinos e que é "sério" em suas tentativas para conseguir uma solução, informou a agência oficial Wafa.

O secretário de Estado deve apresentar uma proposta às duas partes para reativar as negociações políticas, embora, segundo o ministro de Assuntos Civis na ANP, Hussein el-Sheikh, Kerry tenha pedido mais tempo a Abbas para prepará-la.

Por sua parte, em uma visita nesta terça-feira de diplomatas ocidentais e jornalistas à zona de Latrun, considerada "terra de ninguém" que Israel controla desde 1967, o chefe negociador palestino, Saeb Erekat, afirmou que o fracasso da iniciativa "não é uma opção".

"Todo o mundo interessado na solução de dois Estados deve fazer agora todos seus esforços", afirmou o negociador, ao advertir que, no caso de a iniciativa não prosperar, os palestinos, reconhecidos como Estado pela Assembleia Geral da ONU em novembro, têm "pleno direito a fazer uso de todos os organismos internacionais".

"Os que se preocupam que peçamos ajuda às cortes internacionais devem deixar de atropelar os direitos humanos", alertou em referência a Israel.

Erekat ressaltou que os palestinos não estão propondo condições para retomar o diálogo e destacou que o congelamento da expansão das colônias judaicas e as fronteiras de 1967 são uma obrigação de Israel.

"É incrível que 20 anos depois do nosso reconhecimento do direito de Israel existir em paz e segurança e 20 anos depois das extensas negociações não tenhamos um governo israelense que declare publicamente que aceita dois Estados nas fronteiras de 67", acrescentou.

EFE   
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