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Oriente Médio

A horas do término da trégua em Gaza, Egito reforça diálogo

Negociadores palestinos voltaram a reivindicar o fim ao bloqueio à Gaza, enquanto Israel reiterou o fim do armamento do grupo Hamas

18 ago 2014 - 15h36
(atualizado às 15h46)
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<p>Uma mulher palestina caminha entre as ruínas de casas em Jöhr El-Deek, na Faixa de Gaza, em 17 de agosto</p>
Uma mulher palestina caminha entre as ruínas de casas em Jöhr El-Deek, na Faixa de Gaza, em 17 de agosto
Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

A apenas algumas horas do fim da trégua de 5 dias entre Isarel e o grupo Hamas, os mediadores egípcios tentam, junto de negociadores israelenses e palestinos, salvar um acordo de cessar-fogo de longo prazo, que permita a reconstrução da Faixa de Gaza. A guerra que já dura um mês matou mais de 2 mil pessoas, segundo a agência de notícias Associated Press.

Em uma aparente tentativa de pressionar o Hamas, o Egito disse que vai co-sediar uma conferência internacional para angariar fundos para Gaza, mas somente se um acordo for alcançado. Israel, por sua vez, disse ter prendido nos últimos meses cerca de 100 membros do Hamas na Cisjordânia em um suposto complô para derrubar o presidente palestino, Mahmoud Abbas. 

Desde a semana passada, o Egito vem realizando negociações indiretas entre Israel e o Hamas, que visam acabar com a guerra. Mas, poucas horas antes de uma trégua temporária expirar, ainda não está claro se um acordo de longo prazo será alcançado. 

Ashraf al-Kidra, funcionário do Ministério da Saúde de Gaza, disse nesta segunda-feira que o número de mortos no combate havia saltado para mais de 2.000 palestinos, embora a ONU tenha anunciado 1.976 vítimas. Milhares de casas foram destruídas, e dezenas de milhares de pessoas permanecem amontoadas em abrigos especiais da ONU. Israel, por outro lado, perdeu 67 pessoas, dos quais apenas 3 eram civis.

Israel quer garantias de que o Hamas, que disparou milhares de foguetes contra Israel durante o conflito, será desarmado. O Hamas exige o fim de sete anos de bloqueio contra Gaza e que devastou a economia local. Ainda é muito limitado o movimento de palestinos dentro e fora do território de 1,8 milhões de pessoas. Além disso, Israel restringe o fluxo de mercadorias em Gaza e bloqueia praticamente todas as exportações. 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse esta semana que não permitiria que o Hamas levasse a melhor nas negociações diplomáticas.  

Um funcionário do escritório de Abbas disse que o líder palestino deveria chegar no Qatar, a base para os líderes do Hamas, na terça-feira e ficar até sexta-feira. Durante a sua estadia, está prevista a realização de reuniões com o líder do grupo, Khaled Mashaal, e o emir do Qatar, na terça-feira.

Robert Serry, coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, exortou as partes "para chegar a um entendimento sobre um cessar-fogo durável que também aborde as questões subjacentes que afligem Gaza." 

Embora os negociadores palestinos tenham dito que não havia nenhum desejo de um retorno à luta, o Hamas afirmou que não vai desistir de suas armas diante da afirmação de Israel de que precisa manter um certo grau de controle sobre as fronteiras de Gaza para impedir o contrabando de armas e materiais de produção de material bélico na faixa costeira. 

Nesta segunda-feira, as tropas israelenses demoliram as casas de dois militantes suspeitos no sequestro e assassinato de três jovens israelenses. Confrontos menores foram relatados durante a demolição, com jovens palestinos lançando pedras contra veículos israelenses blindados.

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Fonte: Terra
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