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Oriente Médio

Afeganistão: morte de aliado nº 1 de Bin Laden é confirmada

Omar morreu devido a um problema de saúde em um hospital do Paquistão

29 jul 2015 - 13h11
(atualizado às 14h29)
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Mulá Omar (em pé), filmado secretamente pela BBC em 1996, foi raramente visto em público
Mulá Omar (em pé), filmado secretamente pela BBC em 1996, foi raramente visto em público
Foto: BBC News Brasil

Autoridades afegãs anunciaram a morte do mulá Mohammed Omar, líder do Talebã afegão e aliado de Osama Bin Laden; o grupo extremista islâmico não comentou a informação.

Um porta-voz do Diretório de Segurança do Afeganistão, Haseeb Seddiqi, confirmou para o Serviço Afegão da BBC em um programa ao vivo que ele realmente está morto.

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Seddiqi afirmou que as autoridades sabiam que Omar morreu devido a um problema de saúde em um hospital do Paquistão.

Em uma declaração independente concedida à agência Associated Press, Seddiqi afirmou que a morte de Omar teria ocorrido em um hospital de Karachi, no Paquistão, em 2013.

O governo do Paquistão não comentou as declarações até agora. As autoridades paquistanesas sempre negaram que Omar tenha estado no país.

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Confirmação

Antes, o governo do Afeganistão, depois de confirmar a morte, chegou a dizer que ainda estava investigando a informação.

A confirmação de Seddiqi veio depois que um porta-voz da Presidência do país, Sayed Zafar Hashemi, ter afirmado que o governo informaria a imprensa e os afegãos depois de "conseguir mais autenticidade" das informações.

Mas, fontes e assessores próximos do presidente, Ashraf Ghani, confirmaram à BBC que Mohammed Omar está morto.

Não foram divulgados mais detalhes das circunstâncias da morte. Um porta-voz do Talebã disse à BBC que o grupo divulgará um comunicado em breve.

Esta é a primeira vez que autoridades afegãs confirmam a morte do mulá. Nos últimos anos, o Talebã chegou a divulgar diversas mensagens atribuídas a ele.

O mulá Omar liderou a vitória do Talebã sobre milícias afegãs rivais na guerra civil que eclodiu no país após a retirada de tropas soviéticas, em 1989.

Sua parceria com o ex-líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, levou à invasão do Afeganistão liderada pelos Estados Unidos em 2001, após os ataques de 11 de setembro.

Desde então, manteve-se recluso. O Departamento de Estado americano oferecia uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que levassem à sua captura.

Segundo o Talebã, o mulá nasceu em 1960 no vilarejo de Chah-i-Himmat, na Província de Kandahar. Tornou-se o "líder supremo" do grupo em 1996.

No início deste ano, o Talebã publicou sua biografia. A obra diz que ele não tinha uma casa nem conta em banco. Diz, também, que ele tinha "um senso de humor especial".

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