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África

Crise de fome na Somália matou 258 mil pessoas em 2 anos

2 mai 2013 - 08h49
(atualizado às 09h10)
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Crianças entram em fila para receber comida em centro de distribuição da ONU em Mogadíscio, em janeiro de 2012
Crianças entram em fila para receber comida em centro de distribuição da ONU em Mogadíscio, em janeiro de 2012
Foto: AFP

A crise de fome que atinge a Somália matou cerca de 258 mil pessoas entre outubro de 2010 e setembro de 2012, entra elas aproximadamente 133 mil crianças menores de cinco anos, apontou um estudo elaborado por várias agências da ONU e pela americana Usaid publicado nesta quinta-feira. Segundo o documento, o número de mortos representa ao redor de 4,6% da população do sul e centro da Somália, e 10% dos menores de cinco anos nesta região.

Esta é a primeira vez que um número aproximado de mortos pela seca e fome que afetam seis regiões da Somália é divulgado. "Agora temos uma ideia da verdadeira enormidade desta tragédia humana", disse no relatório Mark Smulders, economista da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

As regiões mais atingidas pelo problema foram Baixo Shabelle, Mogadíscio e Bay. Em Baixo Shabelle, cerca de 18% das crianças menores de cinco anos morreram por causa da crise de fome, número que desce para 17% em Mogadíscio e 13% em Bay. Além disso, o relatório apontou que os meses com mais mortes foram entre maio e agosto de 2011.

A organização americana FEWS NET, que também participou do estudo, afirmou que esta é a pior crise alimentícia da Somália em 25 anos. O organismo garantiu a veracidade dos números e a solidez do estudo em função da "quantidade e qualidade dos dados" que tiveram acesso para elaborar o relatório.

O Chifre da África passou por uma das piores crises de fome de sua história em 2011, quando 13 milhões de pessoas foram afetadas. A Somália foi o país que mais sentiu o efeito da tragédia humanitária, pois cerca da metade de sua população, ao redor de 3,7 milhões de pessoas, foram afetadas pela crise, acentuada pelo conflito interno e a falta de um governo efetivo no país há mais de vinte anos.

EFE   
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