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ONU se diz "estupefata" por suposto caso de subornos

6 out 2015 - 18h27
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Os principais representantes da ONU se declararam "estupefatos" nesta terça-feira devido ao suposto escândalo de corrupção protagonizado por um ex-presidente da Assembleia Geral e ofereceram cooperação às autoridades dos Estados Unidos para chegar ao fundo do assunto.

"A corrupção não tem lugar nas Nações Unidas e nem em nenhum outro lugar", disse o atual presidente da Assembleia, o dinamarquês Mogens Lykketoft, em entrevista coletiva.

Lykketoft falou com os jornalistas depois que um promotor acusou nesta terça-feira John Ashe, presidente da Assembleia Geral até setembro de 2014, de aceitar subornos de mais de US$ 1 milhão em troca de defender os interesses de empresários chineses.

O político dinamarquês explicou que só teve conhecimento do ocorrido hoje, pela imprensa, e disse que seu escritório está pronto para cooperar com as autoridades americanas se for necessário.

"Estou impactado e acho que a ONU e seus representantes devem exigir os mais altos padrões", assinalou Lykketoft, que comanda a Assembleia Geral da ONU há um mês.

Lykketoft disse que, se as acusações forem confirmadas, o escândalo significará "um ataque no coração da integridade das Nações Unidas", uma mensagem similar ao que expressou através de seu porta-voz o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon.

O porta-voz, Stéphane Dujarric, disse que o diplomata sul-coreano está "estupefato" e "profundamente preocupado" pela acusação e que a secretaria cooperará com a investigação for necessário.

Além disso, defendeu que a corrupção não é algo habitual na ONU e lembrou que o posto de presidente da Assembleia Geral é um cargo político que não presta contas ao secretário-geral.

Segundo a promotoria, Ashe recebeu pelo menos US$ 1,3 milhão em troca do apoio de seu cargo aos interesses de vários empresários chineses, principalmente os do magnata da construção Ng Lap Seng, que buscava construir um centro de conferências vinculado à ONU em Macau.

Além do diplomata de Antígua e Barbuda, foram detidas outras cinco pessoas relacionadas ao caso, entre eles um diplomata dominicano.

EFE   
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