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ONU precisa de US$ 16,4 bi para crises humanitárias em 2015

A crise síria, que começou em 2011, deve absorver quase a metade da ajuda; o Sudão é o segundo destino da ajuda

8 dez 2014 - 13h33
(atualizado às 14h27)
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<p>Mulher prepara comida junto dos filhos próximo à tenda onde vive no campo destinado a refugiados que deixaram a Síria por causa da guerra civil, na cidade montanhosa de Ketermaya, no Líbano</p>
Mulher prepara comida junto dos filhos próximo à tenda onde vive no campo destinado a refugiados que deixaram a Síria por causa da guerra civil, na cidade montanhosa de Ketermaya, no Líbano
Foto: Mohammed Zaatari / AP

As agências humanitárias das Nações Unidas querem ajudar 57,7 milhões de pessoas em 2015, um número recorde que compromete suas capacidades e que representa um custo de 16,14 bilhões de dólares, de acordo com um novo apelo por ajuda humanitária feito nesta segunda-feira em Genebra.

"O aumento crescente das necessidades supera a nossa capacidade de resposta", ressaltou Valerie Amos, secretária-geral adjunta para Questões Humanitárias e Coordenação de Ajuda de Emergência.

Ela anunciou que o apelo feito na semana passada pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) para evitar a suspensão da ajuda alimentar para os refugiados sírios foi atendido para dezembro. A agência havia pedido 64 milhões de dólares e mais de 80 milhões foram recolhidos até o momento, disse.

"As necessidades atingiram níveis sem precedentes e, sem um apoio maior, não será possível enfrentar as situações humanitárias que surgem, região após região e conflito após conflito", afirmou Antonio Guterres, do Alto Comissariado para os Refugiados.

A crise síria, que começou em 2011, vai absorver quase a metade da ajuda, entre a fornecida para dentro do país (12,2 milhões de pessoas) e a ajuda aos refugiados e às comunidades que os recebem (6 milhões de pessoas envolvidas, incluindo 3,2 milhões de refugiados).

O Sudão do Sul é o segundo destino da ajuda, com 1,8 bilhão de dólares previstos.

As outras grandes crises ocorrem na República Centro-Africana, no Afeganistão, na República Democrática do Congo, em Mianmar, nos Territórios Palestinos ocupados, na Somália, no Sudão, na Ucrânia e no Iêmen.

Para 2014, as agências da ONU avaliaram suas necessidades financeiras em 17,9 bilhões de dólares, um número recorde que foi coberto apenas em 52% pelos doadores até o momento.

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AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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