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Oceania

Três mulheres são acusadas de bruxaria em Papua Nova Guiné

25 ago 2015 - 23h44
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Um grupo de moradores torturou três mulheres em uma região remota de Papua Nova Guiné acusadas de praticar bruxaria e provocar a morte de uma pessoa, que morreu na semana passada de causas naturais, informou nesta quarta-feira (data local) a imprensa local.

O inspetor Mas Tuman explicou que uma multidão perseguiu as três mulheres e as torturou com espetos em chamas em um povoado perto da cidade de Mendi, capital da província de Southern Highlands (centro do país).

Duas das mulheres conseguiram escapar e alertaram a Polícia, que recuperou a terceira, embora esta última tenha decidido depois ficar no povoado onde foi atacada com o risco de voltar a ser perseguida, segundo a "Rádio New Zealand".

Em Papua Nova Guiné aumentaram nos últimos anos os ataques contra pessoas acusadas de praticar a bruxaria e a magia negra, embora muitos observadores deste fenômeno acreditam que se trata de ações que mascaram a violência motivada pelos ciúmes ou pela cobiça, acrescentou a fonte.

Em 2013 foram cometidos vários assassinatos vinculados com a prática da bruxaria e inclusive a jovem Kepari Leniata foi queimada viva, o que motivou uma campanha internacional contra estes assassinatos por causa de suposta bruxaria.

A Papua Nova Guiné, onde são muito difundidas as práticas supersticiosas, derrogou em 2013 a Lei de Bruxaria vigente desde 1971, que proibia praticar "magia negra ou feitiços para causar dano" e permitia justiçar as pessoas acusadas de bruxaria, embora estas acusações sejam difíceis de provar.

O Parlamento do país aprovou esse ano várias emendas ao Código Penal para que a pena de morte seja aplicada para punir os assassinatos, os estupros individuais, coletivos ou contra menores de dez anos.

EFE   
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