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Oceania

Investigação de voo malaio é a mais cara da história

Desaparecimento do avião que partiu de Kuala Lumpur em direção a Pequim ainda é um mistério

16 jun 2014 - 23h28
(atualizado em 17/6/2014 às 11h46)
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A investigação sobre o avião da Malaysia Airlines que desapareceu em 8 de março já é a mais cara da história da aviação. A Malásia gastou 8,6 milhões dólares até agora, e a Austrália deverá gastar cerca de 84 milhões, segundo a CNN.

As famílias dos passageiros desaparecidos trabalham para levantar 5 milhões de dólares para recompensar qualquer pessoa que tenha informações sobre o paradeiro da aeronave.

<p>Familiar de passageiro do voo MH370 lamenta o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines em frente a painel com homenagens e mensagens de solidariedade</p>
Familiar de passageiro do voo MH370 lamenta o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines em frente a painel com homenagens e mensagens de solidariedade
Foto: AFP

Segundo Mary Schiavo, ex-inspetor-geral do Departamento de Transportes dos EUA, há uma grande necessidade de que o avião seja encontrado, especialmente se o seu sumiço tiver sido causado por falhas mecânicas.

"Quanto mais tempo se passa, mais parece que não foi terrorismo, sequestro, ou sabotagem. Parece que algo mais aconteceu - algo mecânico, uma espécie de uma falha catastrófica, uma explosão - e que precisa ser descoberto para que possamos melhorar a segurança aérea", diz Schiavo.

Algumas melhorias já começaram ser implementadas. A Malaysia Airlines mudou seus regulamentos do cockpit (cabine de pioltagem), e corpos da aviação internacional, como a International Air Transport Association (IATA), pediram que a indústria da aviação mude os sistemas de rastreamento das aeronaves.

Mas convencer a indústria a implementar medidas de segurança antes que aconteça um acidente ainda é um desafio na opinião de Schiavo. "Nos Estados Unidos e em muitos outros países, nada foi feito até alguém morrer, e isso é simplesmente inaceitável", acrescenta.

"Para nós, isso é frustrante, e atordoante. No final do dia eu vou dormir desapontado, mas para as famílias é um pesadelo que nunca termina", diz David Gallo, oceanógrafo e diretor de Projetos Especiais do Woods Hole Oceanographic Institution.

Enquanto as buscas pela aeronave se concentram em águas vastas e profundas, cresce a urgência para se encontrar provas, antes que elas sejam desgastadas pelo mar.

"Nós temos que entender o que aconteceu para o bem das famílias dos passageiros, para as dezenas de milhares de pessoas que voam todos os dias, e para o bem da indústria aeronáutica", diz ele.

"Precisamos encontrar o avião, porque ele próprio pode ser uma cena de crime móvel. As únicas testemunhas do que aconteceu naquela noite são aquelas caixas pretas que estão dentro do avião."

Foto: Terra

Fonte: Terra
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