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Oceania

Equipes intensificam busca por sobreviventes na Nova Zelândia

23 fev 2011 - 11h39
(atualizado às 11h49)
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Os socorristas neozelandeses intensificaram os esforços nesta quarta-feira para tentar salvar os sobreviventes presos nos escombros em Christchurch, depois do terremoto de terça-feira que deixou pelo menos 75 mortos e 300 desaparecidos, mas a situação de alguns imóveis não deixa esperanças.

O primeiro-ministro, John Key, decretou estado de emergência a nível nacional depois do terremoto mais letal em 80 anos na Nova Zelândia.

Key, que se descreveu como um "um filho orgulhoso de Christchurch", prometeu que a cidade, a segunda maior do país, com 340.000 habitantes, será reconstruída.

De acordo com a AIR Worldwide, empresa que avalia os prejuízos financeiros para as seguradoras após uma catástrofe, o terremoto de Christchurch provocou danos materiais de 8,6 bilhões de dólares.

Durante a madrugada, 500 socorristas conseguiram liberar 30 pessoas dos escombros, segundo o chefe de polícia Russell Gibson.

Em alguns casos, as equipes foram obrigadas a amputar membros de alguns sobreviventes para retirá-los dos imóveis desabados.

Boa parte da cidade continuava sem energia elétrica e os tremores secundários prejudicavam os trabalhos de resgate.

Os esforços se concentram em dois imóveis do centro da cidade, nos quais sobreviventes conseguiram fazer contato com os socorristas.

"Recebemos SMS e ouvimos batidas de pessoas dentro. Estamos concentrados nestes imóveis", disse Gibson.

Anna Bodkin passou 26 horas sob os escombros até ser resgata. Os voluntários encararam a salvação dela como um "milagre" e acreditam na repetição.

Em outros prédios, no entanto, a polícia desistiu de encontrar sobreviventes, como por exemplo na sede da emissora de televisão regional Canterbury e em uma escola de idiomas para estrangeiros, onde provavelmente estão presos 10 estudantes japoneses e dois sul-coreanos.

No centro histórico da cidade, a catedral se transformou em um túmulo gigante, no qual 20 pessoas podem estar presas.

"Nunca havia visto algo assim na Nova Zelândia", afirmou o líder da oposição, Phil Goff.

"Pensávamos que tínhamos imóveis de primeira classe", acrescentou, em referência às rígidas normas de construção no país.

Segundo o coordenador dos resgates, John Hamilton, as equipes têm menos de três dias para encontrar sobreviventes.

O terremoto de 6,3 graus aconteceu a cinco quilômetros da cidade e a apenas quatro quilômetros de profundidade, seis meses depois de outro tremor, também em Christchurch, de sete graus, que não provocou vítimas.

O tremor de terça-feira foi menos intenso, mas muito mais letal porque o epicentro estava mais próximo da superfície terrestre e da cidade.

Situada no círculo de fogo do Pacífico, a Nova Zelândia registra até 15.000 tremores por ano.

O terremoto mais violento desde o início das estatísticas matou 256 pessoas em 3 de fevereiro de 1931 na baía de Hawke, na ilha do Norte.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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