PUBLICIDADE

Oceania

Austrália pede calma após morte de líder norte-coreano

19 dez 2011 - 03h59
(atualizado às 11h46)
Compartilhar

O ministro de Exteriores da Austrália, Kevin Rudd, pediu nesta segunda-feira aos governos da região para manter a calma perante a "ambiguidade e incerteza" provocada pela morte do líder norte-coreano Kim Jong-il.

Rudd disse que a Austrália manterá contato com a Coreia do Sul e seus aliados na região para pedir a todos os governos, incluindo o da Coreia do Norte, para manter "ao máximo a calma em relação a suas ações e sinais diplomáticos".

O chefe da diplomacia australiana afirmou em entrevista coletiva em Canberra que a "Coreia do Norte é uma sociedade notoriamente hermética" e embora a sucessão política seja incerta, acredita-se que seu filho, Kim Jong-un foi preparado para ser o próximo líder.

"Haverá ambiguidade e incerteza nos próximos dias e isto deverá ser considerado como normal", explicou o titular de Exteriores. Rudd considerou que a morte de Kim Jong-il representa uma grande oportunidade para que Pyongyang estabeleça plenos contatos com a comunidade internacional, melhore sua economia para solucionar a crise de fome de seu povo e principalmente resolva um conflito provocado por seu programa de armas nucleares.

O primeiro-ministro neozelandês, John Key, expressou que a morte de Kim Jong-il gerará preocupações em relação ao futuro do país asiático, embora acredite em uma transição pacífica e que as perspectivas de futuro para o povo norte-coreano melhorem, segundo a rádio New Zealand.

Morre Kim Jong-il

O líder norte-coreano, Kim Jong-il, morreu nesse sábado, 17 de dezembro, vítima de "fadiga física", quando realizava uma viagem de trem. Sua morte só foi anunciada nessa segunda, 19, pela agência estatal norte-coreana. Após receber a notícia, o governo e o Exército da Coreia do Sul entraram em estado de alerta, enquanto a população da Coreia do Norte chorava o falecimento do líder, que abre espaço para ascensão de seu filho, Kim Jong-un, provável herdeiro em Pyongyang.

Jong-il, 69, comandava a Coreia do Norte desde 1994, após a morte de seu pai, Kim Jong-sun, fundador do país. Durante 17 anos, cultivou um dos regimes mais fechados do mundo, baseado no culto de si e do sistema comunista. O governo hermético não impediu que idiossincrasias de Jong-il viessem a público, como o autoproclamado título de inventor do hambúrguer, formando a imagem complexa de um líder excêntrico de um país isolado do mundo, cujo futuro na península coreana é agora incerto.

Líder norte-coreano morreu no sábado, mas sua morte só foi divulgada nesta segunda-feira
Líder norte-coreano morreu no sábado, mas sua morte só foi divulgada nesta segunda-feira
Foto: AP
EFE   
Compartilhar
Publicidade