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Obama recrimina Trump por comentários sobre armas nucleares

Trump disse em entrevista que estaria aberto a permitir que Japão e Coreia do Sul tivessem seu próprio arsenal militar

1 abr 2016 - 23h39
(atualizado em 2/4/2016 às 12h38)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou na sexta-feira (1) o pré-candidato presidencial do Partido Republicano, Donald Trump, por seus comentários sobre armas nucleares e considerou que o magnata "não sabe muito sobre política externa, política nuclear, sobre a península da Coreia e o mundo em geral".

Foto: Pool / Getty Images

Em entrevista coletiva ao término da Cúpula de Segurança Nuclear em Washington, Obama respondeu aos polêmicos comentários que Trump, que é o favorito para a indicação republicana para as eleições presidenciais de novembro, fez no último dia 26 ao jornal The New York Times.

Nessa entrevista, o magnata sugeriu que estaria aberto a permitir que Japão e Coreia do Sul tivessem seu próprio arsenal militar e evitar, portanto, que dependessem do guarda-chuva nuclear dos Estados Unidos para se defenderem da Coreia do Norte e da China, aliado histórico de Pyongyang e um de seus principais parceiros econômicos.

"A pessoa que fez esses comentários não sabe muito sobre política externa, política nuclear, sobre a península de Coreia e o mundo em geral", ressaltou hoje Obama em resposta às perguntas dos jornalistas, sem mencionar, em nenhum momento, o nome do magnata nova-iorquino.

Além disso, o presidente americano considerou que a aliança dos EUA com Japão e Coreia do Sul é "um dos fundamentos, uma das pedras fundamentais" da presença americana na região da Ásia-Pacífico, onde Washington aumentou sua influência e vem incrementando seus fluxos comerciais.

"Não queremos alguém no Salão Oval (da Casa Branca) que não possa entender o quão importante é isso", frisou Obama.

A ameaça nuclear da Coreia do Norte foi um dos principais temas tratados pelos líderes de 50 países na Cúpula de Segurança Nuclear em Washington, que não contou com a presença da Rússia, o país com o maior arsenal nuclear do mundo.

A ausência de Moscou dificulta o alcance de grandes acordos sobre segurança nuclear, mas a presidência dos EUA acredita que a reunião serviu para aumentar a coordenação internacional contra o Estado Islâmico e para analisar, em particular, a possibilidade de que esse, e outros grupos terroristas, tenham acesso a armamento nuclear.

EFE   
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