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Mundo

Obama: havia entre 45 e 55% de chance de Bin Laden estar na casa

8 mai 2011 - 22h11
(atualizado às 23h36)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu neste domingo que a operação que matou Osama bin Laden, "se não o tivesse encontrado, teria tido significativas consequências", e avaliou a "evidência (de que Bin Laden estava na casa) no momento de aprová-la (a missão) em 55%".

"No final do dia, ainda era uma situação de 55% para 45%. Quero dizer, não podíamos dizer definitivamente que Bin Laden estava lá", explicou Obama em entrevista, após a morte do líder da Al-Qaeda há uma semana.

O diretor da CIA, Leon Panetta, disse anteriormente, em entrevista à revista Time, que os analistas da agência de inteligência estimavam entre 60% a 80% as possibilidades de o líder da Al-Qaeda estar no local.

"Disse para mim mesmo que se tínhamos uma boa oportunidade, se não de derrotar completamente Al-Qaeda de inutilizá-la notavelmente, então merecia correr os riscos políticos assim como os riscos para nossos soldados", acrescentou o presidente americano no programa 60 Minutes da CBS. Além disso, Obama descreveu os tensos momentos vividos na Casa Branca durante os 40 minutos que durou o ataque à residência de Abbottabad, a 50 km da capital paquistanesa, como os "mais longos da minha vida".

Explicou também como foi o instante exato no qual lhe comunicaram que tinham abatido o terrorista mais procurado do mundo. "Houve um momento antes de os rapazes partirem, antes que todo mundo estivesse de novo no helicóptero voando de volta à base, quando eles disseram 'Geronimo (nome-chave de Osama bin Laden) foi morto'", afirmou.

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Três dias depois e ainda em meio resquícios de dúvidas sobre o fim de Bin Laden, a Casa Branca decidiu não divulgar as fotos do terrorista morto. Enquanto isso, Estados Unidos e Paquistão debatem entre si as responsabilidades e falhas na localização do líder da Al-Qaeda.

O presidente dos EUA informou, além disso, que a primeira vez que sua equipe de segurança comentou sobre a possibilidade de realizar a operação foi em agosto de 2010 e que nos dois últimos meses as reuniões se sucederam para pôr o vigoroso plano em andamento.

Obama destacou que com a eliminação de Bin Laden foi enviado um sinal àqueles que podem ter sido filiados a organizações terroristas de que vão estar do lado perdedor. Por último, minimizou a importância das críticas sobre a operação e a decisão de liquidar o líder de Al-Qaeda. "Qualquer um que se questione se Bin Laden recebeu o que merecia, necessita que sua cabeça seja examinada", concluiu.

Obama se reúne com tropas da ação que matou Bin Laden:
EFE   
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