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Mundo

Recorde: 137 mil refugiados cruzaram Mediterrâneo em 6 meses

Total representa um aumento de 83% em relação ao primeiro semestre de 2014

1 jul 2015 - 09h11
(atualizado às 13h12)
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Fotografia fornecida, em 30 de junho, pela Guarda Civil, responsável pelo resgate, em sete dias, de 917 imigrantes que estavam à deriva em águas italianas sul da ilha Lampedusa
Fotografia fornecida, em 30 de junho, pela Guarda Civil, responsável pelo resgate, em sete dias, de 917 imigrantes que estavam à deriva em águas italianas sul da ilha Lampedusa
Foto: Efe

Um recorde de 137 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo no primeiro semestre do ano, a maioria das quais fugida de guerras, conflitos e perseguições, revelou hoje o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O número revela aumento de 83% em relação aos primeiros seis meses de 2014. “A Europa depara-se com uma crise de refugiados, que chegam por via marítima, de proporções históricas”, alerta o ACNUR.

Esta situação deve piorar ainda mais no verão, quando normalmente se registra um aumento das viagens clandestinas no Mediterrâneo. Em 2014, por exemplo, o número de migrantes passou de 75 mil no final de junho para 219 mil em dezembro, segundo o Acnur.

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À mercê das redes de tráfico, a maior parte dos migrantes faz a travessia perigosa em barcos e condições precárias. "A maior parte dos que chegam por via marítima à Europa é refugiada e procura proteção contra a guerra e as perseguições”, disse o alto comissário da agência, António Guterres.

Um terço dos homens, mulheres e crianças que alcançaram as costas da Grécia ou da Itália desde o início do ano é oriundo da Síria, palco de uma guerra civil desde 2011. As pessoas que fogem da violência contínua no Afeganistão e do repressivo regime da Eritreia representam 12% do total, segundo os dados do Acnur. A Somália, a Nigéria, o Iraque e o Sudão são outras das principais proveniências dos migrantes.

Segundo o Acnur, no primeiro semestre do ano 1.867 pessoas morreram ao tentar cruzar o Mediterrâneo, das quais 1.308 somente no mês de abril.

No final da semana passada, em resposta à crise, os chefes de Estado e de governo dos 28 países da União Europeia (UE) aprovaram repartir entre si 60 mil refugiados nos próximos dois anos. No entanto, aceitaram que o acolhimento desses refugiados seja feito com base em quotas voluntárias e não em quotas obrigatórias com número de pessoas pré-definido.

O método de repartição dos migrantes vai ser discutido e decidido este mês. “Com uma boa política, apoiada por uma resposta operacional efetiva, é possível salvar mais vidas no mar”, observou o chefe do Acnur.

Agência Brasil Agência Brasil
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