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Nova onda de violência na República Centro-Africana deixa sete mortos

28 out 2015 - 08h29
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Pelo menos sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em uma nova onda de violência em Bangui, a capital da República centro-Africana, informaram nesta quarta-feira os meios de comunicação locais.

Os enfrentamentos começaram depois que um grupo de homens armados atacou na segunda-feira uma delegação da União pela Paz na República centro-Africana (UPC), integrada por ex-rebeldes Séléka -do norte muçulmano- e que ia participar de conversas de paz.

"Foi uma agressão injusta", comentou o porta-voz do governo, Dominique Panguindji Said, citado pelo portal La Nouvelle Centrafrique, porque "iam participar de negociações para discutir de maneira pactuada e pacífica todas as rotas de saída à crise".

Após o ataque, os enfrentamentos entre os Séléka e os grupos civis cristãos autodenominados "anti-Balaka" se intensificaram em alguns bairros da capital, uma violência persistente que obrigou a suspender as eleições do dia 18.

"O balanço provisório é de sete mortos", garantiu o porta-voz do governo, que condenou esta onda de violência e pediu à população que mantenha a calma.

Ontem, em algumas zonas da capital foram levantadas barricadas e ocorreram atos de vandalismo, roubos e saques de casa e comércios.

O conflito na República Centro-Africana começou quando os rebeldes de Séléka derrubaram o presidente François Bozizé em março de 2013, rompendo não só com a legalidade, mas com as regras do jogo em um Estado onde o pobre norte muçulmano sempre esteve subrepresentados.

No final daquele ano, os "anti-Balaka" lutaram contra os Séléka para vingar os abusos cometidos pelos insurgentes.

Desde então, a violência sectária levou o país a uma espiral violenta, que segue sem um governo efetivo e com grande parte de sua população deslocada.

EFE   
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