Choi disse para a polícia que tirou a chave ao escapar, "pensando que os passageiros tinham saído e fugido" dos vagões, embora soubesse que as portas fecham automaticamente quando se tira esse dispositivo de controle. Após várias horas de luta contra as chamas, a fumaça e os gases tóxicos do incêndio, as equipes de resgate descobriram que quatro dos seis vagões do trem conduzido por Choi estavam com as portas fechadas e, por isso, os passageiros ficaram presos.
Nessa composição foram encontradas 90% das vítimas fatais do incêndio, provocado por um passageiro com problemas mentais. A polícia acredita que Choi tenha tido a intenção de omitir seu erro, já que pediu a um colega que guardasse a mencionada chave em um armazém.
A investigação policial se estendeu ainda à responsabilidade do controle central da rede ferroviária subterrânea, pois existe a suspeita de que os funcionários tenham sido negligentes ao terem dado a ordem de entrada na estação para o segundo trem, apesar de o incêndio já ter sido detectado. Enquanto isso, uma equipe de 20 médicos tenta identificar, com análise de DNA, cerca de 80 cadáveres carbonizados que estavam no interior dos vagões, tarefa que pode demorar vários meses.
Os familiares das vítimas vão apresentar uma ação contra a cidade de Daegu, assim que a identificação dos corpos e os funerais acabarem, alegando que a negligência dos funcionários do metrô contribuiu para a catástrofe.
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