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Mundo

Coreia do Norte está "desmontando foguete para consertar falha técnica"

11 dez 2012 - 08h34
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Por Jack Kim e Ju-min Park

SEUL, 11 Dez (Reuters) - A Coreia do Norte começou a desmontar um polêmico foguete de longo alcance na plataforma de lançamento, em uma aparente movimentação para consertar um problema técnico, mas ainda parece provável que o lançamento vá em frente, disseram a imprensa sul-coreana e especialistas nesta terça-feira.

A Coreia do Norte diz que o lançamento tem como objetivo colocar um satélite meteorológico em órbita, mas países ocidentais dizem que se destina a incentivar o tipo de tecnologia necessária para um míssil de longo alcance com capacidade para transportar uma ogiva nuclear.

Quando surgiram os primeiros relatos de que partes do foguete estavam sendo desmontadas, houve especulações de que o Norte poderia abandonar completamente o lançamento, mas especialistas dizem que a forma que o foguete é construído significa que precisava ser removido para ser consertado.

"Para os foguetes norte-coreanos, é a única maneira de repará-los, porque eles constróem o foguete etapa por etapa", disse Kwon Se-jin, um especialista em foguetes do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia em Daejeon, na Coreia do Sul.

"Então, como havia anunciado, se o Norte tem um problema com o módulo de controle de primeira fase, tem que substituí-lo e desmontar (o foguete) a partir do topo", disse Kwon.

A Coreia do Norte está proibida de testar mísseis ou tecnologia nuclear sob sanções da ONU impostas após os seus testes de armas nucleares em 2006 e 2009, e os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão condenaram o lançamento atual.

Mesmo a China, um dos maiores apoiadores diplomáticos da isolada e empobrecida Coreia do Norte, manifestou "profunda preocupação" com o lançamento planejado.

A imprensa sul-coreana noticiou nesta terça-feira que as imagens de satélite mostraram o foguete sendo desmontado.

"Nós capturamos indicações de que uma parte do foguete está sendo desmontada na plataforma de lançamento em Tongchang-ri", disse uma fonte do governo sul-coreano, segundo a agência de notícias Yonhap.

É impossível confirmar os relatos da mídia em um dos Estados mais fechados e sigilosos do mundo.

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