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Mulheres afegãs sofrem com a violência apesar de progressos

O Afeganistão tem registrado progressos ao utilizar a lei para proteger as mulheres da violência, mas muitas delas ainda sofrem terríveis maus-tratos dos homens, denuncia um relatório da ONU divulgado nesta terça-feira.

11 dez 2012 - 06h37
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CABUL, 11 dez 2012 (AFP) - O Afeganistão tem registrado progressos ao utilizar a lei para proteger as mulheres da violência, mas muitas delas ainda sofrem terríveis maus-tratos dos homens, denuncia um relatório da ONU divulgado nesta terça-feira.O documento, publicado um dia depois de uma funcionária do governo para questões femininas ter sido assassinada, cinco meses depois de morte em um atentado de sua antecessora, começa com a trágica morte de uma jovem de de 15 anos que cometeu suicídio depois de ser vítima de várias agressões do marido e do sogro.Quando a adolescente denunciou o caso às autoridades, foi informada que deveria retirar a acusação ou seria detida.O relatório da ONU, que reflete a desesperada situação de muitas mulheres neste país islâmico e patriarcal devastado pela guerra, destaca um forte aumento no número de denúncias de casos de violência contra as mulheres como "um acontecimento promissor".Muitos ataques não são registrados pelas limitações culturais e as crenças religiosas, e em alguns casos porque as mulheres temem ser assassinadas, indica a Missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA).A Comissão Independente de Direitos Humanos do Afeganistão registrou 4.010 casos de violência contra mulheres entre abril e outubro de 2012, quase o dobro do número registrado nos 12 meses anteriores.Mas também apontou um aumento dos crimes conhecidos como defesa da honra, ou seja, os assassinatos de mulheres pelo que é considerado desobediência sexual.lb/fp

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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