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África

Primeiro-ministro de Mali anuncia renúncia após ser detido

11 dez 2012 - 04h11
(atualizado às 04h41)
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O primeiro-ministro de Mali, Cheick Modibo Diarra, anunciou na madrugada desta terça-feira sua renúncia e a de sua equipe de Governo, em uma breve mensagem divulgada pela televisão nacional ("ORTV") poucas horas após ter sido detido por militares.

Visivelmente tenso, Diarra, designado à liderança do Executivo pelo presidente malinês, Dioncounda Traoré, em 17 de abril, se limitou a citar a atual crise que assola o país antes de entregar o cargo.

O até então primeiro-ministro, que já se encontra novamente em sua residência, desejou boa sorte ao próximo Governo e não deu nenhuma explicação sobre sua detenção.

Diarra foi detido por 20 militares liderados por Amado Haja Sanogo, que em 22 de março derrubou o então presidente, Amado Tumani Turé, e que mantém uma grande influência nos assuntos do país.

Uma fonte do organismo de Rádio e Televisão de Mali (ORTM) assegurou à Efe que na tarde desta segunda-feira um grupo de militares invadiu suas instalações e impediu a difusão de declarações de Diarra.

Mali, cujo norte do país está tomado por grupos rebeldes desde março, está imerso em uma complicada transição política rumo à democracia depois que os militares golpistas cederam perante a pressão da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) para favorecer o retorno da ordem constitucional.

Traoré, presidente do Parlamento durante a gestão de Haja Sanogo, recebeu a incumbência de dirigir a transição política para a restauração da ordem constitucional que deverá desembocar em eleições legislativas e presidenciais.

Essa situação se produz paralelamente à urgência demonstrada por vários países, entre eles os membros da Cedeao, a França e o próprio Mali, para que a ONU dê sinal verde ao plano elaborado por Mali e pela Cedeao para enviar 3,3 mil soldados com o objetivo de recuperar o controle do norte do país.

EFE   
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