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Oriente Médio

Cameron: "suicídio" de enfermeira é "tragédia absoluta"

10 dez 2012 - 18h24
(atualizado às 19h13)
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, considerou nesta segunda-feira uma "tragédia absoluta" a morte - à qual se referiu como suicídio - da enfermeira enganada pelos dois locutores que se fizeram passar pela rainha Elizabeth II e o príncipe Charles para conseguir notícias de Catherine, a esposa do príncipe William hospitalizada devido aos fortes enjoos que sente pela gravidez.

Policiais guardam a ambulância com o corpo da enfermeira vítima do trote dos jornalistas
Policiais guardam a ambulância com o corpo da enfermeira vítima do trote dos jornalistas
Foto: Reuters

"Achei completamente espantoso quando ouvi a notícia do suicídio dessa enfermeira, que trabalhava muito e que certamente era muito dedicada", declarou o líder do governo conservador. "Lamento muitíssimo por ela e sua família. É uma tragédia absoluta que isso tenha acontecido e estou certo de que todo mundo vai querer refletir sobre como se permitiu que ocorresse", acrescentou em um encontro com jornalistas.

Jacintha Saldanha, de 46 anos, a enfermeira que, na terça-feira, atendeu à ligação da falsa rainha e a passou a uma colega que atendia Catherine, hospitalizada desde a véspera com hiperêmese gravídica, uma complicação relacionada com sua recente gravidez, foi encontrada morta na manhã de sexta-feira. A imprensa britânica falou desde o começo de suicídio, embora a necropsia não vá ser realizada até terça-feira, anunciou esta segunda-feira a polícia sem detalhar quando os resultados poderão ser conhecidos.

O marido da enfermeira indiana católica, Benedict Barboza, e seus filhos, Lisha, de 14 anos, e Junal, de 16, agradeceram nesta segunda-feira todo o apoio e as demonstrações de afeto que receberam, em sua primeira aparição pública em Londres, na companhia do deputado britânico Keith Vaz. "São extremamente gratos às pessoas aqui no Reino Unido e a todos que enviaram mensagens de pêsames e de apoio desde a morte de Jacintha", declarou Vaz no lado de fora do Parlamento. "É uma família unida. Estão destroçados pelo que aconteceu. Sentem falta dela em todos os momentos do dia", acrescentou.

O hospital King Edward VII, onde Jacintha trabalhava havia quatro anos, anunciou a abertura de um fundo em memória da falecida e convidou as pessoas dentro e fora do Reino Unido a fazer doações. "Criamos este fundo para que as doações possam ser usadas para ajudar à família neste momento trágico", declarou o diretor-geral John Lofthouse, em um comunicado.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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