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Oriente Médio

Ahmadinejad diz que o materialismo ocidental é "demoníaco"

10 dez 2012 - 10h47
(atualizado às 10h58)
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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, qualificou nesta segunda-feira de "demoníaco" o materialismo ocidental e responsabilizou o Ocidente pelos males do mundo, por esquecer "a verdadeira natureza humana".

Mahmoud Ahmadinejad responsabilizou o Ocidente pelos males do mundo
Mahmoud Ahmadinejad responsabilizou o Ocidente pelos males do mundo
Foto: Reuters

Em discurso durante uma reunião de professores universitários islâmicos, transmitido ao vivo pela televisão oficial iraniana IRIB, Ahmadinejad assinalou que a diferença entre o Islã e Ocidente está em como definem a humanidade.

"Os problemas do mundo atual são resultado do fato que certos poderes e pessoas (em referência ao Ocidente e seus governantes) esqueceram sua verdadeira natureza humana", disse o presidente iraniano com seu habitual tom messiânico.

"A opressão, a arrogância, as invasões, os massacres, a questão da Palestina, a escravidão, o imperialismo, o saque da riqueza das nações e os assassinatos" são, na opinião de Ahmadinejad, os problemas atuais da Humanidade.

Também criticou os conceitos ocidentais de democracia e direitos humanos e acusou "os inimigos da Humanidade (Ocidente)" de tê-los "globalizado", ignorando a visão muçulmana nestes aspectos.

Embora tenha insistindo que a muçulmana é a verdadeira religião revelada por Deus, Ahmadinejad negou que o Islã pretenda governar o mundo, mas acrescentou: "O Islã pertence a todos os seres humanos, por isso o despertar islâmico também pertence a todos os seres humanos do mundo".

O regime teocrático da República Islâmica do Irã denomina como "despertar islâmico" as revoltas e revoluções que transformaram diversos países muçulmanos nos últimos anos e considera que estão inspiradas pela Revolução Islâmica do Irã de 1979.

No entanto, os críticos do regime islâmico, consideram que a Primavera Árabe, como também se denominam essas revoluções, se inspirou, em boa medida, nos protestos surgidos no Irã após as eleições presidenciais de 2009, vencidas oficialmente por Ahmadinejad, nas quais a oposição denunciou uma fraude maciça.

EFE   
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