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Europa

Romenos votam maciçamente em coalizão contra presidente

9 dez 2012 - 20h02
(atualizado às 21h16)
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Com um apoio maciço à coalizão governista de centro-esquerda do primeiro-ministro da Romênia, Victor Ponta, os cidadãos romenos foram contra neste domingo o presidente do país, o conservador Traian Basescu, que poderia se negar a encarregar a formação do novo governo ao líder eleito. "Ganhei uma batalha importante hoje, e amanhã já temos que começar a trabalhar. Desta vez não será mais um governo de sete meses, mas de quatro anos", declarou Ponta após ter sido proclamado vencedor das eleições legislativas realizadas neste domingo.

Apesar dos resultados oficiais definitivos deste pleito só saírem na terça-feira, todas as projeções das pesquisas boca de urna outorgam a maioria absoluta dos votos à União Social Liberal (USL) do primeiro-ministro. Segundo as enquetes do instituto CURS, a USL, com 56,96% dos votos na Câmara dos Deputados e com 58,57% no Senado, ficou muito à frente de seu principal rival, a Aliança Romênia de Direitas (ARD), que obteria 18,60% e 18,87%, respectivamente.

Em terceiro lugar, com aproximadamente 13% em ambas as câmaras, ficou o Partido Popular-Dan Diaconescu, do excêntrico jornalista que dá nome a sua formação. O descenso da população húngaro, que ronda agora 1,5 milhão, e a pouca participação nas eleições ainda deixam em dúvida a possível entrada da União Democrática dos Húngaros da Romênia (UDMR) ao Parlamento pela primeira vez desde a revolução de 1989, ao superar ligeiramente os 5%.

Se os resultados se confirmarem, a USL - composta pelo Partido Social-Democrata (PSD) e pelo Partido Nacional Liberal (PNL) - conseguirá a maioria absoluta, fato que lhe permitirá formar um novo governo para os próximos quatro anos, apesar da difícil relação com o presidente conservador. Ponta espera, inclusive, conseguir o controle de dois terços do Parlamento para poder modificar a Constituição e, eventualmente, restringir as atribuições do chefe de Estado.

Mas antes, a coalizão governante pode se ver obstaculizada se Basescu se negar a designar Ponta como novo chefe do Executivo, o que provocaria uma crise institucional. Fontes oficiais afirmam que, em tal caso, Ponta recorrerá ao processo de destituição de Basescu, cujo mandato termina somente em 2014.

EFE   
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