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América Latina

Oposição diz que pode oferecer alternativa à Venezuela

9 dez 2012 - 15h49
(atualizado às 16h12)
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O secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, afirmou neste domingo que a oposição está em condições de oferecer uma alternativa à Venezuela e pediu ao governo responsabilidade após o anúncio do presidente, Hugo Chávez, sobre a reaparição do câncer. "Existe um processo unitário que foi capaz de fazer coisas dificilíssimas e que será capaz de apresentar uma alternativa para oferecê-la a todos os venezuelanos", afirmou Aveledo em declaração ao canal privado Globovisión.

O presidente venezuelano anunciou ontem à noite que o câncer reapareceu e que deve se submeter a uma nova operação, razão pela qual pediu o apoio do vice-presidente, Nicolás Maduro, no caso de ele não conseguir completar o mandato. O dirigente da plataforma que reúne grande parte da oposição disse que o movimento está em condições de cumprir com "sua responsabilidade de alternativa" em cada instância que corresponda. Aveledo pediu responsabilidade do governo e respondeu ao presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que ontem à noite pediu para a oposição ter cuidado com o que faz.

"O que peço a eles: a responsabilidade, ter muito cuidado com o que fazem porque o país é o país, que está acima de tudo", disse ele. Cabello "tem o dever de seguir o conselho do senhor presidente e ele que precisa ter cuidado, nós somos gente muito responsável, somos gente séria", acrescentou Aveledo, ao acrescentar mais tarde que ele não discute o patriotismo do governo.

"Aqui todos precisamos querer que a Venezuela esteja em primeiro lugar", disse. Para o opositor, a mensagem de ontem à noite de Chávez "dava a impressão de um interesse em acelerar as coisas". "Tudo isso porque, como não sabemos a verdade completa, porque não nos disseram, todos esses detalhes influem", opinou. O presidente venezuelano revelou que era "absolutamente necessário" que voltasse a se operar de um câncer que foi diagnosticado em junho do ano passado e que já antes da nova cirurgia o fez passar em três ocasiões pela sala de cirurgia em Cuba, para onde deve partir novamente hoje.

Chávez, de 58 anos, retornou ao país na sexta-feira para informar os venezuelanos e chegou a vislumbrar um cenário em que não estaria governando, no caso de surgirem complicações pelo câncer, do qual se sabe que afeta a região pélvica, mas não sua localização exata e seu tipo. "É muito óbvio que essa prática de esconder informação para benefício parcial sem levar em conta o interesse nacional não teve bom resultado", criticou Aveledo.

EFE   
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