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Oriente Médio

Árabes pedem que ONU aja contra assentamentos de Israel

9 dez 2012 - 10h11
(atualizado às 11h16)
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Os países árabes pediram ao Conselho de Segurança da ONU neste domingo, no Catar, que assuma sua responsabilidade perante a continuação dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos, porque significam "o fim da solução de dois Estados".

Um projétil ar-terra disparado por um avião de combate israelense atingiu o veículo, que ficou completamente destruído, matando seus dois ocupantes na hora do impacto. Os corpos foram encaminhados para o Hospital Shifa, de Gaza
Um projétil ar-terra disparado por um avião de combate israelense atingiu o veículo, que ficou completamente destruído, matando seus dois ocupantes na hora do impacto. Os corpos foram encaminhados para o Hospital Shifa, de Gaza
Foto: AFP

O primeiro-ministro catariano, Hamad bin Jassim Al-Thani, anunciou hoje que o comitê de acompanhamento da iniciativa de paz, que começou hoje uma reunião em Doha, avaliará a postura árabe perante o processo de paz entre palestinos e israelenses.

Thani, que preside o comitê, considerou que a continuação dos assentamentos significa o fim da solução de dois Estados, um palestino e outro israelense, e propicia uma escalada da violência na região. "Se o Conselho de Segurança não se mover rápido, será inútil falar da paz", insistiu o primeiro-ministro, na abertura da reunião.

Além disso, destacou a importância de se chegar a uma reconciliação palestina verdadeira para que os países árabes possam apoiar ainda mais o Estado palestino.

Por sua vez, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, denunciou os planos israelenses para construir mais assentamentos, sobretudo na região conhecida como E-1 - entre Jerusalém e a cidade-assentamento de Ma'aleh Adumim -, que, em sua opinião, "põem fim à solução dos dois Estados".

No dia 30 de novembro, o governo israelense autorizou a construção de 3 mil novas casas em assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental em resposta ao reconhecimento da Palestina como Estado observador por parte da Assembleia Geral da ONU. Se o controverso projeto for posto em prática na zona E-1, a Cisjordânia ficará sem continuidade territorial entre sua parte norte e a sul, o que dificultaria enormemente a viabilidade de um futuro Estado palestino.

EFE   
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