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Oriente Médio

Itália: Berlusconi anuncia oficialmente sua candidatura

8 dez 2012 - 12h44
(atualizado às 13h43)
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O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi confirmou neste sábado sua decisão de se candidatar às próximas eleições, que serão realizadas em 2013, e afirmou que sairá "para vencer". "Eu não concorro para ficar em uma boa posição, eu saio (candidato) sempre para vencer", disse aos veículos de imprensa italianos quando entrava em Milanello, centro de treinamento de seu time, o Milan.

Berlusconi voltou atrás de sua decisão de não concorrer nas próximas eleições italianas
Berlusconi voltou atrás de sua decisão de não concorrer nas próximas eleições italianas
Foto: Reuters

Embora Berlusconi houvesse reiterado várias vezes, a última em outubro, sua decisão de não voltar a se apresentar como candidato a presidente do governo e inclusive anunciou eleições primárias, nos últimos dias voltou a mudar de opinião. "Não senti saudades do governo nem por um minuto. Volto sem esperança a me interessar pela política, de novo, por responsabilidade", disse ao explicar os motivos que o levaram a voltar a se candidatar.

Berlusconi acrescentou que "a opinião de todos era que seria preciso um líder como o Berlusconi de 1994 (data em que fundou seu partido e entrou para a política), mas não existia. E não quer dizer que não o procuramos, porque não foi assim", acrescentou.

Sobre o que havia sido escolhido como seu substituto no comando do partido, o Povo da Liberdade (PDL), o ex-ministro de Justiça Angelino Alfano, Berlusconi explicou que "é preciso tempo para se impor como líder" e acrescentou que com ele "os resultados davam ao PDL uma margem que não era suficiente para resistir à esquerda".

O três vezes presidente do governo italiano explicou que está pensando em realizar as eleições em 10 de março de 2013. Berlusconi, 76 anos, confirmou que seu partido colaborará para que termine a legislatura com Mario Monti e votará a favor das leis que estão pendentes de sua aprovação no Parlamento como o Orçamento Geral.

As tensões começaram quando o Povo da Liberdade (PDL), que tem a maioria absoluta no Parlamento, não participou na quinta-feira passada da votação de duas questões colocadas pelo Executivo de Monti para aprovar medidas econômicas. "Depois é justo que a Itália volte a votar e abandone essa condição germanocêntrica que Mario Monti trouxe", acrescentou.

O PDL havia declarado ontem que dava por encerrado seu apoio ao governo de Monti, mas que aprovaria o restante das leis pendentes para permitir um final tranquilo do mandato e não levar o país "ao desastre". O líder político e empresário voltou a atacar as medidas de austeridade aprovadas por Monti ao comentar que o povo "tem medo", que "consuma muito menos" e "existe uma espiral que faz com que a situação seja sempre mais negativa".

A hipótese da volta de Berlusconi vinha sendo comentada há vários dias no país, diante da confusão nas fileiras do centro-direita para escolher um novo líder. A vitória nas primárias de centro-esquerda de Pierluigi Bersani também animaram "Il Cavaliere" a voltar a concorrer às eleições.

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