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Oriente Médio

Egito: partidos islâmicos rejeitam adiamento de referendo

8 dez 2012 - 11h30
(atualizado às 15h14)
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A Coalizão Islâmicos do Egito, formada pela Irmandade Muçulmana e outros grupos, rejeitou neste sábado qualquer atraso no referendo sobre a nova Constituição e também advertiu sobre "as tentativas de derrubar o presidente Mohammed Mursi, eleito democraticamente, e o governo legítimo". Em comunicado, a plataforma ressaltou que o plebiscito será realizado em sua data, no próximo dia 15 de dezembro, "sem modificação e nem atraso", já que a consulta popular é "uma passagem no caminho em direção à estabilidade, ou seja, a construção das instituições do Estado".

Egípcios fazem ato de apoio ao presidente egípcio, Mohamed Mursi, como forma de responder às manifestações dos últimos dias contra o líder
Egípcios fazem ato de apoio ao presidente egípcio, Mohamed Mursi, como forma de responder às manifestações dos últimos dias contra o líder
Foto: EFE

Segundo a coalizão citada, o referendo, convocado há uma semana pelo presidente egípcio, Mohammed Mursi, ajudará a atender as reivindicações de prosperidade econômica, segurança, saúde e educação, ressaltando que os islamitas não aceitarão "a volta do corrupto regime anterior sob nenhum pretexto e nenhum nome". No entanto, a convocação do referendo aumentou ainda mais a tensão no Egito, agora dividido entre partidários e detratores do presidente, os quais protagonizam grandes manifestações e violentos confrontos.

A oposição laica, unida na "Frente de Salvação Nacional", rejeitou participar do diálogo proposto por Mursi para sair da crise porque o líder ignorou suas reivindicações de anular o ato constitucional com a qual blindou seus poderes e a convocação do referendo sobre a Carta Magna. Em uma tentativa de persuadir à oposição para que participe do diálogo nacional, o vice-presidente Mahmoud Meki assegurou ontem que Mursi está disposto a aceitar um atraso do plebiscito com a condição de que este adiamento não possa ser recorrido perante a Justiça.

A Coalizão Islamita é integrada pela Irmandade Muçulmana e pelo Partido Liberdade e Justiça (PLJ) - o mesmo que Mursi liderava até assumir a presidência -, além dos salafistas do Al Nour e Al Gama'a al Islamiya, e da chamada Frente Salafista, entre outros.

EFE   
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