Oposição síria decide criar Conselho Militar unificado
8 dez2012 - 09h47
(atualizado às 10h29)
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A nova Coalizão da oposição síria anunciará em breve a criação de um Conselho Militar que controlará a maioria dos grupos que combatem em terra, declarou neste sábado à AFP seu secretário-geral, Mustafá Sabbagh.
A coalizão anunciará a criação do Conselho Militar Supremo antes da realização da reunião dos Amigos do Povo Sírio em Marrakech", no dia 12 de dezembro, disse Sabbagh, que chegou ao Bahrein para participar do Diálogo de Manama, um fórum sobre a segurança regional.
Segundo ele, esta instância reunirá "os comandantes dos diferentes conselhos militares em terra e as forças que combatem o regime, em particular o Exército Sírio Livre (ESL)". "Trata-se de uma iniciativa muito importante para unificar a ação militar. É a este conselho que entregaremos exclusivamente a ajuda material que obtivermos", ressaltou.
Já os grupos extremistas islamitas armados, como a Frente al-Nosra, que havia anunciado sua rejeição à Coalizão da oposição síria, não formarão parte desta instância militar, disse. Submetidas a uma intensa pressão internacional e árabe, a maioria dos membros da oposição se unificou e assinou no dia 11 de novembro em Doha um acordo sobre a constituição da "Coalizão nacional síria para as forças da oposição e da revolução".
Irmãos posam em frente à casa onde moravam, destruída por bombardeios das tropas do governo sírio, em Homs. A foto é uma das feitas pelo grupo de fotógrafos chamado Jovens Lentes de Homs, que se dedica a registrar o cotidiano de pequenos moradores da cidade. Nas imagens, crianças aparecem em diversas situações - em momentos de brincadeiras, de medo, em escolas improvisadas ou mostrando cartazes com mensagens que expressam seus sentimentos em um país em guerra civil
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Garoto sírio passa por construções danificadas a caminho da escola
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Meninos caminham sobre escombros em bairro destruído por bombardeios
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Duas crianças caminham em meio a destroços de um bairro atingido, em Homs
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Segundo estimativas das Nações Unidas e ativistas sírios, a guerra já deixou mais de 35 mil mortos, entre civis, militares do governo e militantes rebeldes
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
A entidade de caridade internacional Save the Children alertou que cerca de 200 mil crianças refugiadas sírias correm sério risco devido às temperaturas baixas com a chegada do inverno no Oriente Médio
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Segundo a organização, muitas crianças sobrevivem com poucos agasalhos e alojamentos adequados, tornando-se suscetíveis às duras condições do ambiente
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Menino segura um cartaz pedindo ajuda a Deus, em uma mesquita de Homs
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Com várias escolas destruídas, professores improvisam locais para lecionar
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Crianças fazem sinal de vitória com um rebelde do Exército Livre da Siria
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Menina usa um fragmento de morteiro disparado por tropas do governo como modelo para seu desenho
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Duas meninas vivem em refúgio improvisado em escola de Homs
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Crianças brincam no pátio de um monastério
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
Organizações humanitárias alertaram para os traumas psicológicos em crianças, já que muitas testemunharam cenas de violência, destruição e mortes de parentes
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
A Save the Children e outras agências fazem apelos constantes por doação de fundos para atender não apenas crianças, mas também idosos e doentes em situação de risco
Foto: Young Lens Homsi / Divulgação
O conflito na Síria já dura 20 meses, desde que protestos populares iniciaram na onda da Primavera Árabe exigindo a renúncia do presidente Bashar al-Assad, há 12 anos no poder