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Oriente Médio

Argentina: repressores que mataram padre francês pegam perpétua

7 dez 2012 - 22h35
(atualizado às 23h15)
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A Justiça argentina condenou nesta sexta-feira à prisão perpétua dois ex-militares e um ex-policial envolvidos na morte de dois padres, um deles francês, durante a última ditadura militar (1976-1983). O Tribunal Federal de La Rioja considerou culpados os ex-militares Luciano Benjamín Menéndez e Luis Fernando Estrella, e o ex-policial Domingo Benito Vera pelo assassinato dos padres Carlos Murias e Gabriel Longueville.Além de "homicídio qualificado", os três foram considerados culpados por "cárcere privado e tortura". Longueville, nascido na França em 1931, integrava o Comitê Episcopal francês para a América Latina e o movimento de padres para o terceiro mundo. Murias e Longueville foram tirados de sua casa pela polícia no dia 17 de julho de 1976 e seus corpos, encontrados no dia seguinte na base aérea da localidade de El Chamical, com sinais de tortura.

Menéndez, conhecido por "La Hiena", soma agora sete penas de prisão perpétua por crimes contra a humanidade durante o regime militar. Longueville e Murias faziam um trabalho de assistência aos mais pobres na área da diocese do bispo Enrique Angelelli, que morreu em um confuso acidente rodoviário em La Rioja no dia 4 de agosto de 1976, quando regressava de uma homenagem aos padres assassinados.

Dezenas de julgamentos foram realizados na Argentina desde a anulação das leis de anistia, em 2003, e atualmente há 15 processos em andamento.A ditadura militar argentina deixou cerca de 30 mil opositores desaparecidos, segundo entidades humanitárias.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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