Mercosul: somente eleições normalizarão democracia no Paraguai
7 dez2012 - 19h35
(atualizado às 20h13)
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Os presidentes do Mercosul reiteraram nesta sexta-feira que apenas as eleições gerais no Paraguai, marcadas para 21 de abril de 2013, consolidarão a plena normalização das instituições democráticas no país. A reação ratifica a suspensão do Paraguai do bloco até abril do próximo ano, pois os líderes políticos entendem que houve a ruptura do processo democrático com a destituição do então presidente paraguaio Fernando Lugo, em 22 de junho.
A reação foi exposta, no item 16, do documento final da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, firmado pelos presidentes sul-americanos. "Diante da ruptura da ordem constitucional na República do Paraguai, os presidentes do bloco expressam o firme desejo de que o processo eleitoral atualmente em curso naquele país conduza à plena normalização de sua vida institucional".
Os chefes de estado destacaram o estabelecimento do regime democrático como elemento fundamental para reintegração do Paraguai ao bloco. "Salientaram, nesse sentido, que a democracia constitui um requisito imprescindível ao processo de integração regional e reiteram o firme compromisso de agir contra qualquer ruptura da ordem democrática na região", informa o Comunicado Conjunto dos Presidentes dos Estados Partes do Mercosul.
Antes da declaração final dos presidentes, a presidente Dilma Rousseff disse que a suspensão do Paraguai seria mantida até abril de 2013, mas ressaltou a preocupação para que a medida não acarrete prejuízos à população do país. "Enquanto aguardamos a pronta retomada da normalidade democrática no Paraguai, mantivemos nosso compromisso com o bem-estar do povo paraguaio, descartando medidas que dificultem nossos fluxos comerciais ou de investimentos com esse país vizinho e irmão".
Participam hoje da cúpula Dilma e os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia), além do Donald Ramotar (Guiana) e Desi Bouterse (Suriname), além da vice-presidenta do Peru, Marisol Cruz, e dos vice-chancelere Alfonso Silva (Chile) e Monica Lanzetta (Colômbia), assim como o ministro de Minas e Energia da Venezuela, Rafael Ramírez.
O ministro das Relações Exteriores da Argentina chega ao plenário da cúpula do Mercosul, em Mendoza
Foto: AFP
O chanceler argentino, Hector Timerman, fala a representantes de outros países durante a reunião do Mercosul
Foto: AFP
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, põe fones de ouvido para escutar a tradução simultânea durante a reunião dos países membros do Mercosul
Foto: AFP
O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, lê documentos antes do início da reunião
Foto: AFP
Antonio Patriota é abraçado por um membro da delegação brasileira na cúpula do Mercosul, na Argentina
Foto: AFP
O chanceler uruguaio (esq.) ouve um membro de sua comitiva durante a cúpula do Mercosul
Foto: AFP
Foto: Terra
A presidente Dilma Rousseff chega para tirar fotos oficiais da cúpula do Mercosul, em Mendoza
Foto: AFP
O presidente uruguaio, José Mujica, chega para posar para fotos do encontro de países do Mercosul
Foto: AFP
A presidente Dilma cumprimenta o colega uruguaio, José Mujica, ao chegar para a reunião do Mercosul
Foto: EFE
Dilma Rousseff abraça a presidente argentina, Cristina Kirchner, na sessão de fotos oficiais do encontro
Foto: EFE
Os presidentes da Argentina, Brasil e Uruguai acenam para foto antes de se reunirem, em Mendoza
Foto: EFE
A presidente Dilma Rousseff sorri ao lado da colega argentina, Cristina Kirchner, antes de uma reunião a portas fechadas das duas com o presidente do Uruguai, José Mujica, em Mendoza, na Argentina, onde ocorre a cúpula do Mercosul
Foto: EFE
A presidente argentina, Cristina Kirchner, fala durante a Cúpula do Mercosul, em Mendoza. Ela descartou a aplicação de sanções econõmicas ao Paraguai em decorrência do processo de destituição do presidente Fernando Lugo. "Sanções econômicas nunca acabam com os governos, as sanções econômicas acabam com os povos"
Foto: EFE
O presidente do Chile, Sebastian Pinera, participou do encontro do Mercosul em Mendoza
Foto: Reuters
O chanceler da Venezuela, Nicolas Maduro, participa da reunião anual do Mercosul em Mendoza, na Argentina, nesta sexta-feira. A Venezuela se tornará o quinto membro pleno do Mercosul em 31 de julho
Foto: Reuters
O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo fala com a imprensa durante coletiva ao lado do ex-ministro do Interior Carlos Filizzola
Foto: AP
O presidente deposto Fernando Lugo disse que chefes de Estado do Mercosul resolveram castigar a classe política do Paraguai por ter quebrado a ordem democrática
Foto: Reuters
A chanceler mexicana, Patricia Espinosa, retoca a maquiagem durante a Cúpula do Mercosul em Mendoza
Foto: Reuters
A presidente argentina Cristina Kirchner entrega quadro retratando Hugo Chávez ao ministro venezuelano Nicolas Maduro no dia em que o país foi aceito no Mercosul
Foto: Reuters
Quadro com imagem do ex-presidente Lula, lembrado junto com Nestor Kirchner como "líder histórico da região", foi entregue a Dilma Rousseff
Foto: Reuters
Dilma Rousseff recebeu um quadro pintado pelo artista Filipo, feito com vinho Malbec e petróleo, entregue a cada um dos presidentes dos países integrantes do Mercosul
Foto: AFP
O chanceler da Argentina, Héctor Timerman, discursa na Cúpula do Mercosul ao lado da presidente Cristina Kirchner