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Oriente Médio

Tufão mata 54 e provoca evacuação de 60 mil nas Filipinas

4 dez 2012 - 13h39
(atualizado às 16h38)
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Pelo menos 54 pessoas morreram nesta terça-feira e outras 60 mil estão em centros de amparo por causa das inundações e dos deslizamentos de terra provocados pela passagem do tufão Bopha no sul das Filipinas. A televisão local ABS-CBN informou que 43 pessoas perderam a vida na cheia de um rio e deslizamentos de terra no Vale de Compostela, em Mindanao, uma área de jazidas de minérios.

Desalojados permanecem em um centro improvisado em Cagayan de Oro durante a passagem do tufão
Desalojados permanecem em um centro improvisado em Cagayan de Oro durante a passagem do tufão
Foto: EFE

O governador do Vale de Compostela, Arturo Uy, não descartou a possibilidade que a lista de mortos em seu território aumente. Outras oito vítimas fatais causadas pelo Bopha são da província de Surigao do Sul, onde foi declarado o estado de calamidade. Uma mulher de 60 anos e um jovem de 22 morreram em dois incidentes separados em Davao Oriental, e um homem de 31 anos faleceu após a queda de uma árvore derrubada pelos ventos em Misamis Ocidental.

A maior parte dos evacuados, cerca de 55 mil pessoas, são residentes nas províncias mais orientais de Mindanao, como Surigao do Norte e do Sul, Agusan do Norte, Lanao do Norte e Misamis Oriental, por onde entrou na manhã desta terça-feira o tufão. As autoridades tinham se preparado para a chegada do tufão com o deslocamento de pessoas em zonas de risco e a suspensão das aulas nas províncias afetadas.

Cerca de 150 voos foram suspensos e milhares de pessoas ficaram presas em portos, após a ordem da guarda litorânea de que os serviços marítimos fossem suspensos até novo aviso. Segundo a Defesa Civil, há cortes no serviço elétrico em zonas de Surigao do Norte e do Sul e Agusan do Norte, e as copiosas chuvas afetam o trânsito nas estradas de Mindanao.

As Forças Armadas destacou várias equipes para participarem dos trabalhos de resgate e assistência humanitária e elas já entraram em ação. O próprio presidente filipino, Benigno Aquino, tinha advertido o país em um pronunciamento na televisão sobre o potencial destrutivo do tufão. "Espera-se que seja o mais forte a chegar a nosso país neste ano".

Bopha ou Pablo, como é conhecido localmente, fecha a temporada de tufões nas Filipinas, tempo em que surgem entre 15 e 20 destes fenômenos meteorológicos e que começa em junho e termina em novembro. Cerca de 180 pessoas morreram no país durante o mês de agosto após a passagem de vários furacões e depressões tropicais que inundaram, durante dois dias, 60% de Manila.

Além disso, as inundações afetaram mais de três milhões de pessoas e tiveram um grande custo devido à destruição de infraestruturas e aos danos à agricultura.

EFE   
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