Timoshenko suspende greve de fome após insistência dos médicos
A líder opositora e ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, aceitou nesta quinta-feira suspender a greve de fome em que estava desde o dia 29 de outubro, em protesto pela fraude que ela denunciou que aconteceu nas recentes eleições parlamentares em seu país.
"Foi conseguido o acordo para (Timoshenko) começar a ingerir alimentos. Eles já estão em seu quarto", disse hoje à imprensa Raisa Moiseenko, vice-ministra de Saúde da Ucrânia.
Moiseenko precisou que Timoshenko, que está presa por abuso de poder, aceitou suspender o jejum ao conversar com os médicos alemães que tratam de sua saúde há vários meses.
O segundo julgamento de Timoshenko está marcado para o próximo dia 23. Segundo a acusação, ela desviou recursos públicos em conivência com o então primeiro-ministro da Ucrânia, Pavel Lazarenko, entre 1997 e 1998, além de ter cometido crime de evasão de impostos.
Condenada em outubro a sete anos de prisão por abuso de poder, Timoshenko pode ser sentenciada a até 12 anos de prisão se for declarada culpada.
O segundo julgamento de Timoshenko pode não ser o último da ofensiva legal empreendida pelas autoridades ucranianas, já que a procuradoria antecipou que a acusará formalmente de cumplicidade em assassinato.
A ex-chefe de Governo e líder opositora denunciou que a perseguição judicial contra ela é por motivos políticos e vingança pessoal do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich.