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José Dirceu é condenado a 10 anos e 10 meses de prisão pelo STF

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O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta segunda-feira o ex-ministro José Dirceu a dez anos e dez meses de prisão e a pagar uma multa de R$ 676 mil por crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa no caso do mensalão.

Esta é a primeira pena de prisão aplicada a um político no julgamento deste escândalo de corrupção. O STF considerou que Dirceu foi o "mandante" do esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio, no Congresso, ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirceu foi condenado a dois anos e 11 meses de prisão por formação de quadrilha, e a outros sete anos e 11 meses por corrupção ativa. Segundo o ministro relator, Joaquim Barbosa, a atuação de Dirceu na trama de corrupção "colocou em risco a independência dos poderes", devido ao suborno de parlamentares, e por isso "restaram diminuídos e enxovalhados pilares importantíssimos de nossa sociedade".

Ao indicar a pena, Barbosa considerou o "papel proeminente" de José Dirceu "nas atividades dos outros 24 réus" considerados culpados no caso, que teve um total de 37 acusados. O relator também pesou o fato de que, como ministro da Casa Civil, Dirceu "controlava uma das funções mais importantes do governo" e era encarregado de dirigir as relações com o Congresso, que foi onde ocorreram os subornos.

Barbosa surpreendeu o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, ao decidir sentenciar primeiro Dirceu em seu voto, o que gerou um bate-boca entre os dois integrantes do Supremo. Lewandowski disse que esperava votar antes sobre o núcleo financeiro - a cúpula do Banco Rural -, mas não teve amparo dos outros ministros, que optaram por seguir a posição do relator. EFE

ed/id

(foto)

EFE   
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