Chefe da CIA renuncia devido a relação extraconjugal
David Petraeus, diretor da CIA, a poderosa agência de inteligência americana, anunciou nesta sexta-feira a sua renúncia em razão de uma relação extraconjugal. Barack Obama aceitou a demissão e saudou o trabalho de Petraeus.
Em uma mensagem aos funcionários da agência, divulgada pelo The New York Times, Petraeus admite ter mantido uma relação "extraconjugal". "Depois de 37 anos de casado, mostrei péssimo discernimento ao me envolver em um caso extraconjugal," afirmou Petraeus, que assumiu a agência em julho de 2011, em sua carta. "Tal comportamento é inaceitável tanto para um marido quanto para um líder de uma organização como a nossa," completou, segundo meios de comunicação americanos.
Citando Teddy Roosevelt, Petraeus disse que um dos maiores presentes da vida é a oportunidade de trabalhar duro por algo que valha a pena. "Eu vou sempre lembrar com carinho a oportunidade de ter trabalhado com vocês e sempre me arrependerei das circunstâncias que me levaram a sair da agência".
Barack Obama anunciou nesta sexta-feira que aceitou a renúncia de Petraeus, e destacou seu "extraordinário serviço" durante décadas ao país. "Sob qualquer medida, ao longo de sua vida de serviço, Petraeus tornou nosso país mais seguro e forte", ressaltou Obama.
O presidente americano, além disso, expressou sua "plena confiança" no diretor interino, Michael Morell, e nos "homens e mulheres da CIA que trabalham diariamente para manter nossa nação a salvo".
Por último, assinalou: "Meus pensamentos e orações estão com Dave e sua esposa Holly, que fez tanto para ajudar as famílias dos militares através de seu trabalho". "Desejo-lhes o melhor nestes momentos difíceis", concluiu Obama.
Petraeus é um militar condecorado com amplo conhecimento sobre o Afeganistão e o Iraque. Petraeus foi o artífice da estratégia que contribuiu para a queda dos níveis de violência no Iraque quando o ex-presidente George W. Bush (2001-2009) o nomeou o principal responsável militar americano da força internacional em janeiro de 2007, cargo que ocupou até setembro de 2008.
Sua chefia esteve marcada pelo aumento do número de militares americanos e pela criação dos Conselhos de Salvação, milícias tribais sunitas que colaboram com as tropas estrangeiras e iraquianas em sua luta contra a insurgência.
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