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Oriente Médio

Brasil e América Central se interessam por "drones" da Colômbia

31 out 2012 - 16h28
(atualizado às 16h42)
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O Brasil e os países da América Central e o Caribe estariam interessados em comprar da Colômbia aviões não tripulados ("drones") e sensores para esse tipo de aeronave, atualmente em desenvolvimento, entre outros equipamentos militares sofisticados que o país fabrica.

Foi o que confirmou nesta quarta-feira aos jornalistas o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, após a inauguração da Expodefensa, a feira internacional sobre segurança que reúne em Bogotá 100 empresas nacionais e estrangeiras do setor.

"Viemos realizando um desenvolvimento conjunto com o Brasil", afirmou Pinzón ao ser perguntado de forma específica sobre que países mostraram interesse em adquirir aviões não tripulados de fabricação colombiana.

E "veio se discutindo a possibilidade de que possam chegar a outras nações da América Central e ao Caribe", acrescentou.

Pinzón confirmou os avanços no desenvolvimento de aviões não tripulados depois de que sua vice-ministra, Yaneth Giha, antecipou na semana passada que no país já se construiu em fase de testes um "drone", nome dessas aeronaves.

Também disse que poderiam ter seu primeiro radar pronto em 2015, um projeto para o qual serão destinados mais de 20 bilhões de pesos (cerca de R$ 22,2 milhões).

Hoje o titular da Defesa reconheceu que o objetivo é "mostrar que a Colômbia não apenas tem capacidade de produzir alguns equipamentos, como esses têm experiência comprovada em combate, o que é interessante para nações com desafios semelhantes em segurança".

Disse ainda que a Colômbia "está desenvolvendo dois programas estratégicos de altíssima importância: um de modelagem e simulação para o treino de pilotos e operações de aeronaves e outro de desenvolvimento de sensores para fortalecer a capacidade de detecção e de controle territorial e fronteiriço".

"Os primeiros simuladores que vamos desenvolver são os dos aviões não tripulados e os do avião Caravan C-208", este último fabricado pela americana Cessna.

O jornal El Tiempo revelou recentemente que há muito tempo na Colômbia se utilizam naves não tripuladas para proteger infraestruturas de grande importância econômica, como oleodutos, e lembrou que, segundo os telegramas divulgados pelo "Wikileaks", os Estados Unidos ajudaram em 2006 com esse tipo de aparato a buscar três cidadãos americanos sequestrados.

Os "drones" usados até agora na Colômbia, segundo o periódico, são de vigilância, mas a indústria do país andino quer que seus modelos próprios possam se adequar para ataques militares.

EFE   
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