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Mundo

Atentado na Nigéria deixa 10 mortos e mais de 140 feridos

28 out 2012 - 08h26
(atualizado às 15h18)
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Um atentado com carro-bomba praticado neste domingo contra uma igreja católica em Kaduna e as represálias de cristãos deixaram ao menos 10 mortos, incluindo um homem queimado vivo, e 145 feridos nesta cidade do norte da Nigéria, alvo de ataques do grupo islamita Boko Haram.

O atentado deixou ao menos sete mortos, segundo uma fonte oficial. Outras três pessoas perderam a vida nas represálias.

Armados de facões e pedaços de paus, jovens cristãos atacaram em Kaduna pessoas que consideravam muçulmanas, descarregando sua raiva diante dos reiterados ataques contra igrejas dos últimos meses, constatou um jornalista da AFP.

Grupos de cristãos espancaram um taxista em uma bicicleta motorizada, colocando seu veículo em cima de seu corpo e o encharcando com gasolina, antes de o queimarem vivo, constatou a agência de notícias. Um funcionário das equipes de resgate confirmou a morte do taxista e afirmou que não foi capaz de salvá-lo porque os agressores eram muito violentos.

Os corpos dos outros mortos, aparentemente vítimas da multidão enfurecida, jaziam perto da igreja."Até o momento, temos oito mortos e 145 feridos devido à explosão diante da igreja" Santa Rita, declarou Musa Ilalá, coordenador-regional da Agência Nacional de Socorrismo de Emergência. Acrescentou que o terrorista suicida figurava entre os mortos.

Segundo ele, vários feridos foram levados a hospitais.Antes, o porta-voz das equipes salvamento nigerianas declarou que um homem-bomba havia tentado entrar com seu carro repleto de explosivos na igreja durante uma missa, mas parece ter sido detido por uma barreira.

Testemunhas afirmam que, mesmo assim, o suicida continuou dirigindo e invadou o templo."De repente, acelerou em alta velocidade e se chocou contra o muro da igreja, avançando por dentro dela", contou uma testemunha, Samuel Emmanuel.

Igreja católica de Santa Rita, na aldeia Malali, foi alvo do ataque
Igreja católica de Santa Rita, na aldeia Malali, foi alvo do ataque
Foto: Reuters
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