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Mundo

Geórgia inaugura novo Parlamento e defende unidade nacional

21 out 2012 - 11h21
(atualizado às 12h35)
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O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, defendeu neste domingo a união nacional do país ao inaugurar a nova legislatura, na qual seu partido ficou em minoria no Parlamento, e por isso haverá uma divisão no poder até o fim do mandato, que termina no final de 2013.

"Eu, da mesma forma que minha equipe, estamos dispostos a servir ao povo da Geórgia em seu caminho em direção à integração nas estruturas europeias e euroatlânticas", disse Saakashvili na sessão solene realizada na nova sede do Parlamento, em Kutaisi, a segunda principal cidade da Geórgia. Em seu discurso, transmitido ao vivo pela televisão nacional, o presidente georgiano afirmou que já comunicou esta disposição a Bedzina Ivanishvili, provável primeiro-ministro depois que sua formação, "Sonho Georgiano", venceu as eleições legislativas de 1º de outubro.

A coalizão liderada por Ivanishvili, um bem-sucedido homem de negócios, derrotou amplamente o Movimento Nacional Unido (MNU), de Saakashvili. O "Sonho Georgiano" obteve 85 cadeiras, enquanto a formação governista conseguiu 65. Inicialmente, estava previsto que Ivanishvili tomaria posse como primeiro-ministro hoje mesmo, mas a votação de sua posse no Parlamento atrasou por questões burocráticas.

"A Geórgia pouco a pouco se transforma em uma democracia europeia normal", ressaltou Saakashvili, ao destacar que atualmente o governo no país muda por meio de "votos e eleições, e não com balas e tanques". Imediatamente depois das eleições, Saakashvili admitiu sua derrota nas urnas e anunciou que o MNU passava para a oposição. A Geórgia se encontra atualmente em um processo de transição de um regime político presidencialista para um parlamentar, no qual o presidente continuará sendo o chefe do Estado, mas o poder executivo ficará nas mãos do primeiro-ministro, designado pelo Parlamento.

A reforma do sistema político seria completada depois das próximas eleições presidenciais, previstas para o final do ano que vem, mas Saakashvili acelerou o processo ao renunciar a importantes prerrogativas e dar carta branca a Ivanishvili para a formação do governo.

Em seu discurso de hoje, o presidente georgiano propôs escolher em eleições diretas os governadores das regiões, que até agora eram designados pelo chefe do Estado. Saakashvili lembrou aos deputados que "aqueles que agora são oposição amanhã podem voltar ao poder". O presidente georgiano pediu ainda que o novo Parlamento trabalhe para "o restabelecimento da integridade territorial do país", em alusão às regiões separatistas da Abkházia e Ossétia do Sul, reconhecidas como estados independentes pela Rússia depois da guerra russo-georgiana de agosto de 2008.

EFE   
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