China realiza manobras militares em zona de litígio com Japão
19 out2012 - 06h54
(atualizado às 08h23)
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A China realizará manobras navais no mar da China Oriental, uma zona de tensão com o Japão devido a uma disputa sobre a soberania de ilhas desabitadas, anunciou a agência oficial Nova China (Xinhua).
Onze navios, entre eles várias embarcações de guerra, e oito aeronaves participarão das manobras, que durarão apenas um dia. O objetivo das manobras é melhorar a preparação da China para "defender sua soberania territorial e seus interesses marítimos", afirmou um comunicado da Frota do Leste, uma das três grandes frotas das Forças Armadas chinesas, citada pela Nova China.
Por sua vez, o Japão continua vigiando os movimentos chineses, disse em Tóquio o secretário-geral do governo, Osamu Fujimura.
China e Japão disputam a soberania das ilhas situadas 200 km a noroeste de Taiwan e 400 km a oeste de Okinawa (sul do Japão), que os chineses chamam de Diaoyu e os japoneses de Senkaku.
O Ministério da Defesa chinês anunciou nesta terça-feira que o primeiro porta-aviões das Forças Armadas do país, o Liaoning, começou a operar, em um momento de tensão pelo conflito marítimo com o Japão pela soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku. Na imagem, a tripulação da embarcação participa da cerimônia de inauguração
Foto: AP
Após um ano de testes, o Exército de Libertação Popular (ELP) celebrou hoje a cerimônia de inauguração da embarcação com a presença de altos funcionários do governo comunista, informou a agência oficial Xinhua
Foto: AP
O Liaoning foi construído em 1985 pela União Soviética, mas após a queda do regime comunista neste país o porta-aviões, na época chamado Varyag, passou a ser propriedade ucraniana e China o adquiriu há 13 anos
Foto: AP
Após anos de remodelações, a primeira viagem de teste do porta-aviões chinês aconteceu em 10 de agosto de 2011, embora até 11 de setembro não se sabia com que nome a embarcação seria batizado. A imprensa especulou nomes como Mar Amarelo, Pequim ou até Mao Tsé-tung
Foto: AP
No entanto, segundo as normas do exército chinês, os grandes navios devem receber nomes de províncias do país, enquanto as fragatas podem ser batizadas com nomes de cidades grandes ou médias
Foto: AP
A embarcação está ancorada no estaleiro de Dalian, no nordeste da China