Turquia obriga avião civil sírio a pousar por carga suspeita
Um avião de passageiros foi obrigado a pousar em Ancara nesta quarta-feira por suspeita de que estava transportando armas. O avião, em que viajavam 35 passageiros, foi escoltado por caças turcos ao aeroporto de Esenboga, na capital, para que as autoridades submetam a carga ao controle de segurança.
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O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, disse que a Turquia recebeu informações de inteligência de que o avião transportava "carga não civil". Falando ao vivo na TV turca, Davutoglu afirmou que a Turquia estava dentro de seus direitos sob a lei internacional de investigar aviões civis suspeitos de carregar materiais militares."Estamos determinados a controlar as transferências de armas para um regime que realiza massacres brutais contra civis. É inaceitável que essa transferência seja feita usando o nosso espaço aéreo", disse o chanceler turco, Ahmet Davutoglu. O chanceler afirmou que o país continuará investigando o caso.
O avião sírio, um Airbus A-320, que provinha de Moscou e se dirigia a Damasco, aterrissou com 35 passageiros a bordo e foi rodeado pela polícia, acrescentou a emissora. Após várias horas de registro, o avião foi autorizado a partir rumo à Síria, enquanto as autoridades retiveram várias caixas com material, cujo conteúdo não foi informado de maneira oficial. "Há uma carga ilegal a bordo do avião que deveria ter sido indicada" conforme a regulamentação da aviação civil, disse o chanceler turco Ahmet Davutoglu, citado pela agência de notícias Anatolia."Há elementos a bordo que podem ser qualificados como suspeitos", prosseguiu o ministro, sem dar maiores detalhes.
O jornal Hürriyet assegurou em seu site que foram confiscadas 12 caixas e a emissora turca NTV afirmou que as caixas continham "peças de mísseis". Pouco antes, as autoridades de aviação da Turquia haviam emitido uma ordem proibindo todos os aviões civis turcos de entrar no espaço aéreo da Síria.
Por isso, um avião da Turkish Airlines, a companhia de bandeira turca, que transportava peregrinos muçulmanos, teve que aterrissar no aeroporto meridional de Adana, interrompendo assim seu trajeto a Yidda, na Arábia Saudita. As Forças Armadas da Turquia têm reforçado a sua presença ao longo dos 900 quilômetros de fronteira e, ,os últimos dias, bombardeou reiteradamente regiões do norte da Síria, como represália pela queda de bombas sírias na faixa fronteiriça entre os países, que na semana passada mataram cinco pessoas em um povoado turco.
Com informações da Agência Reuters
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