Exército do Quênia assume controle de reduto radical na Somália
O exército do Quênia afirmou nesta sexta-feira que seus soldados no sul da Somália, que fazem parte da Missão da União Africana no país (Amisom), tomaram o controle da cidade portuária de Kismayo, bastião dos fundamentalistas islâmicos da organização Al Shabab.
"As tropas do Quênia tomaram o controle de Kismayo", indicaram as Forças Armadas quenianas por meio de sua conta no Twitter. Além disso, os militares quenianos pediram aos "residentes (de Kismayo) que evitem as zonas onde estão as tropas do exército do Quênia e da Somália".
"As tropas da Amisom e do exército da Somália estão consolidando o terreno conquistado em Kismayo e se dirigindo para o resto da cidade", afirmaram as Forças Armadas quenianas em outra mensagem.
Em declarações publicadas hoje pela imprensa queniana, um porta-voz do Exército local, Cyrus Oguna, disse que as tropas entraram em Kismayo no início da madrugada após atacar o local por terra e ar.
"Tomamos o controle da cidade. Nossas forças já estão em Kismayo", disse Oguna. Nenhuma fonte independente confirmou este fato até agora.
A importância da tomada de Kismayo está em seu porto, que gerou grande receita para os radicais com a exportação de carvão vegetal, entre outros bens, e que também é porta de entrada de armamento para a Al Shabab.
O Parlamento da Somália elegeu no último dia 10 seu novo presidente para os próximos quatro anos, Hassan Sheikh Mohamud, e deu por concluído o processo de transição política no país, que se iniciou em 2004 sob supervisão da ONU, embora a nação ainda se encontre imersa em um conflito armado.
As tropas multinacionais da Amisom, o exército somali, as Forças Armadas etíopes e milícias pró-governamentais combatem a Al Shabab, que em fevereiro passado anunciou sua união formal à rede terrorista Al Qaeda e que pretende instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país africano.
