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Oriente Médio

Netanyahu pede "linha vermelha" contra Irã nuclear

27 set 2012 - 14h46
(atualizado às 16h00)
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O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã representaria o maior perigo à paz mundial caso o programa nuclear persa não seja interrompido. "Nada colocaria mais perigo ao mundo do que um Irã nuclear", afirmou ao discursar nesta quinta-feira à 67ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exibe desenho de bomba ao falar sobre enriquecimento nuclear do Irã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exibe desenho de bomba ao falar sobre enriquecimento nuclear do Irã
Foto: Reuters

Netanyahu traçou um panorama pessimista e firmou sua posição fortemente contrária a qualquer movimento que permitisse que Teerã desenvolvesse armamentos nucleares. O premiê elogiou as ações diplomáticas levadas a cabo pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e as sanções impostas pelos Estados Unidos, mas afirmou já começa a ser "tarde, muito tarde" para interromper o projeto dos iranianos.

"Há somente um único modo de para o Irã pacificamente, e é traçando uma linha vermelha no seu programa nuclear", afirmou. "Linhas vermelhas não levam à guerra, linhas vermelhas previnem guerras", afirmou.

Para tornar mais concreta sua posição, o primeiro-ministro exibiu um cartaz que trazia uma bomba desenhada, indicando o quão supostamente o Irã se encontra perto de obter a ogiva nuclear. Para concluir o argumento, fez uso de um pincel atômico vermelho para traçar a linha antes dos "90%", um estágio que, afirmou, poderia ser atingido em poucos meses.

Medievo vs moderno

Netanyahu abriu seu discurso reafirmando as raízes históricas e o futuro dos hebreus ao abrir seu discurso na. Lembrando o surgimento do povo hebreu há "milhares de anos" no coração do Oriente Médio, Netanyahu afirmou que os hebreus "jamais serão desterrados novamente".

Mantendo seu argumento em perspectiva história, afirmou que Israel "coloca-se orgulhosamente com as forças da modernidade" e afirmou que os israelenses se incluem na vanguarda científica e tecnológica. "Israel faz do mundo um lugar melhor", disse, enaltecendo o desejo de sua nação por paz.

O discurso era direcionado às "forças medievais do Islã radical" que "querem acabar com o mundo moderno". Ele lamentou ao extremismo que vitimou o embaixador americano em Benghazi e garantiu que, "ao fim e ao cabo, (o Islã militante) irá sucumbir. (...) Ao longo de toda a história, o povo judeu sobrepujou os tiranos que bsucaram a nossa destruição", disse.

Netanyahu também dedicou parte de seu discurso à questão palestina. Ele reafirmou sua posição de que um "Estado palestino desmilitarizado" precisa reconhecer "o único Estado judeu". O premiê também diminui a importância de discursos diplomáticos e criticou declarações unilaterais de criação do Estado palestino.

Fonte: Terra
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