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Oriente Médio

Maioria dos israelenses acha provável guerra contra o Irã

27 set 2012 - 11h07
(atualizado às 11h24)
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A maioria dos israelenses considera "alta" ou "média" a possibilidade de uma guerra entre seu país e o Irã no próximo ano e a metade deles temem pela continuidade da existência de Israel se esse conflito chegar a acontecer, segundo uma pesquisa publicada nesta quinta-feira pelo jornal Haaretz.

As forças armadas de Israel investem pesado anualmente em tecnologia em preparação para possíveis conflitos armados. Em 2011, o orçamento militar foi de US$ 16 bilhões, o que representa 6,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em termos de pessoal, são 187 mil homens na ativa e outros 565 mil na reserva, que podem ser mobilizados em breve caso a tensão com o Irã culmine em uma intervenção militar. Conheça as principais armas do arsenal israelense
As forças armadas de Israel investem pesado anualmente em tecnologia em preparação para possíveis conflitos armados. Em 2011, o orçamento militar foi de US$ 16 bilhões, o que representa 6,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em termos de pessoal, são 187 mil homens na ativa e outros 565 mil na reserva, que podem ser mobilizados em breve caso a tensão com o Irã culmine em uma intervenção militar. Conheça as principais armas do arsenal israelense
Foto: Terra

Apenas um quarto dos entrevistados assegura não temer pelo futuro do Estado de Israel no caso de uma guerra com o Irã, o que o jornal destaca como um dado ilustrativo da queda da tradicional autoconfiança israelense.

A pesquisa, realizada no início desta semana pela Universidade de Tel Aviv, foi publicada no dia em que se aguardam duras palavras em relação ao Irã por parte do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em seu discurso de hoje na Assembleia Geral da ONU.

Netanyahu qualificou na noite desta quarta-feira o discurso horas antes na Assembleia do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de "dia negro" para "aqueles que decidiram permanecer na sala e escutar suas palavras de ódio".

Também o presidente israelense, Shimon Peres, considerou que o discurso de Ahmadinejad foi "vergonhoso e uma amostra de sua profunda ignorância da história" e anunciou que enviará uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "com uma lição de história para o presidente iraniano".

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, disse que Netanyahu deve apresentar na ONU a posição israelense frente ao Irã "da forma mais clara". "Nossa posição não coincide sempre com a americana, mas não é a primeira vez que há desacordos", assinalou Lieberman.

O presidente iraniano atacou na ONU Israel, país ao qual se referiu como "os sionistas incivilizados", por ameaçar o Irã com uma ação militar que demonstra "a corrida armamentista e de intimidação" que "as potências hegemônicas" realizam.

"A contínua ameaça dos sionistas incivilizados de recorrer a uma ação militar contra nossa grande nação é um claro exemplo da amarga realidade atual", disse o líder iraniano no segundo dia de debates da 67ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

Netanyahu centrará hoje seu discurso perante o plenário das Nações Unidas no que considera a ameaça "existencial" para Israel de que o Irã adquira armamento nuclear e na necessidade de fixar "linhas vermelhas" que esse país não possa traspassar.

EFE   
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