Mursi defende Estado palestino e pede fim da guerra na Síria
26 set2012 - 13h30
(atualizado às 14h06)
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Com um discurso fortemente ancorado nos mundos árabe e africano, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, defendeu a criação do Estado palestino e pediu o fim da violência na Síria ao pronunciar-se à 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nesta quarta-feira, em Nova York.
A primeira ênfase de Mursi recaiu sobre o que considera a urgente necessidade de criação do Estado palestino. "A causa palestina é a primeira questão a ser resolvida pela comunidade internacional", determinou o presidente egípcio, pedindo o fim de todo e qualquer tipo de ocupação de territórios árabes.
"Os frutos da liberdade e da digniadade não devem permanecer ao longe dos palestinos. (...) Peço seu apoio, tal qual foi dado aos movimentos populares do mundo árabe, ao palestinos para que conquistem seu estado independente", afirmou Mursi sobre a reivindicação histórica dos árabes da palestina.
Seguindo a tônica dos outros oradores, Mursi pediu o fim do conflito da Síria. "O derramamento de sangue deve parar imediatamente. O povo sírio, caso a todos os egípcios, merece esperar um futuro de liberdade e dignidade", disse. Mursi também se opôs a uma eventual intervenção internacional e defendeu que o povo sírio eleja livre e autonomamente seus governantes.
Mursi já abrira o discurso falando sobre a chamada Primavera Árabe e se apresentando como "o primeiro egípcio eleito democrático e livremente". "Esta revolução (egípcia, que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak), e todas que vieram antes e virão depois, foram motivadas por movimentos nacionais genuínos, (advindos) de cidadãos orgulhosos (de seu nação). Eles refletem a sabedoria da história", afirmou, em crítica aos interesses externos que, no passado colonial e neocolonial, intervieram em diversos povos africanos.
Além de Palestina e Síria, o líder egípcio também pediu atenção ao Sudão, que recentemente passou por um processo de divisão, que criou o Sudão do Sul, mas que permanece em grade crise humanitária. O Sudão "não recebeu o apoio que merece", afirmou Mursi.
Ban Ki-moon gesticula durante seu discurso na 67ºsessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York
Foto: AP
Obama começou seu discurso homenageando o embaixador Chris Stevens, morto na Líbia há duas semanas
Foto: AP
Dilma fala durante a 67º Assembleia Geral da ONU, em Nova York; líder brasileira abriu os debates do encontro
Foto: AP
Dilma Rousseff recebe os cumprimentos de Barack Obama após o discurso inaugural da brasileira na 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República / Divulgação
O presidente Obama cumprimentao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no plenário da organização
Foto: Reuters
Com plenário cheio, o presidente Barack Obama discursa na Assembleia Geral da ONU, em Nova York
Foto: AP
François Hollande discursa à 67ª Assembleia Geral da ONU; o presidente da França pediu que as áreas "libertas" da Síria sejam protegidas
Foto: AP
A presidente argentina, Cristina Kirchner, discursa na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ela disse que autoridades de seu país e do Irã se encontrarão para discutir dois ataques a bomba contra alvos judeus ocorridos em 1994, atentado pelo qual o Irã foi acusado de participação pelos tribunais argentinos
Foto: AFP
Asif Ali Zardari, presidente do Paqusitão, discursa à 67ª com uma foto da falecida premiê Benazir Bhutto ao seu lado
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Jacob Zuma, president da África do Sul, discursa à 67ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York
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Hamid Karzai, presidente do Afeganistão, discursa à 67ª Assembleia Geral da ONU
Foto: AFP
Foto: Terra
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, discursa durante a 67ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Apesar da expectativa de um discurso inflamado, Ahmadinejad se limitou a criticar a ordem econômica mundial e afirmar que seu pais sofre intimidação nuclear por parte do Ocidente
Foto: Reuters
Membros da delegação americana deixam o plenário da Assembleia Geral da ONU durante o discurso do presidente iraniano
Foto: AP
Imagem mostra assentos vazios no espaço destinado para a delegação israelense na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, durante o discurso de Ahmadijejad
Foto: Reuters
O presidente do Egito, Mohammed Mursi, discursa durante sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Esta é a primeira vez que um líder civil egípcio discursa no plenário da ONU
Foto: Reuters
José Manuel Santos, presidente da Colômbia, apresentou perante a Assembleia Geral da ONU o "novo e especial momento" que seu país vive com o início das conversações de paz com as Farc
Foto: AP
Evo Morales, presidente da Bolívia, discursa à Assembleia Geral das Nações Unidas
Foto: AFP
Foto: Terra
O presidente Mianmar, Thein Sein, discursa nesta quinta-feira na Assembleia Geral da ONU. Ele prestou uma homenagem sem precedentes à opositora Aung San Suu Kyi, a quem saudou por "seus esforços em favor da democracia"
Foto: AP
Mahmoud Abbas discursa durante o terceiro dia da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O presidente da Autoridade Nacional Palestina atacou o Estado de Israel e voltou a defender a criação de um Estado palestino
Foto: Reuters
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursa ao plenário da Assembleia Geral da ONU. Netanyahu afirmou que o Irã é a maior ameaça ao mundo na atualidade
Foto: Reuters
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exibe desenho de bomba ao falar sobre enriquecimento nuclear do Irã