O diretor de cinema americano Oliver Stone, que está no Festival de Cinema de San Sebastián, na Espanha, para receber um dos dois prêmios especiais do 60º aniversário da mostra, disse neste domingo que o fundador do Wikileaks está sendo perseguido, enquanto há "terroristas" livres.
"Os crimes devem ser perseguidos", disse o cineasta, que apoiou Julian Assange recentemente através de uma carta assinada junto com Michel Moore na qual agradeciam o "grande serviço" que prestou ao mundo com suas denúncias sobre "os abusos" do governo americano.
"O que acontece é que agora o perseguido é Assange, quando os que são os autênticos terroristas estão em liberdade", lamentou Stone.
Além disso, o diretor americano também comentou que gostaria de levar o ex-presidente espanhol José María Aznar ao Tribunal de Haia, sem detalhar por quais crimes.
"Estou falando em geral, Aznar foi um aliado muito importante de George Bush, junto com Tony Blair, e Bush não pode viajar ao exterior porque pode ser preso por tortura", concluiu.
Homem é preso durante manifestação de apoio a Julian Assange em frente à embaixada equatoriana em Londres. Policiais britânicos e manifestantes cantando slogans em apoio a Assange entraram em confronto do lado de fora da embaixada equatoriana nesta quinta-feira, após a Grã-Bretanha afirmar que poderia entrar no prédio para deter o fundador do WikiLeaks, que está abrigado no local
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Homem foi preso durante o protesto. Cerca de 20 policiais estavam do lado de fora da embaixada equatoriana tentando afastar o grupo de cerca de 15 manifestantes. Pelo menos três pessoas foram arrastadas pela polícia, enquanto o grupo gritava: "Vocês estão tentando começar uma guerra com o Equador"
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Manifestantes pedem liberdade para Assange e liberdade de expressão durante o ato
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Jornalistas se reúnem do lado de fora da embaixada equatoriana, em Londres, para esperar os desdobramentos do caso
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Simpatizante do fundador do WikiLeaks é preso pela polícia nesta quinta-feira
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Manifestante é afastada da frente da embaixada britânica durante o protesto
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Ricardo Patiño, chanceler equatoriano, anuncia em entrevista coletiva em Quito que o Equador concerá asilo político a Julian Assange
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Manifestantes seguram a bandeira equatoriana em frente à embaixada em Londres em apoio à decisão de Quito de garantir asilo a Assange
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A embaixadora equatoriana no Reino Unido, Ana Albán, deixa a embaixada em Londres, onde Assange está desde junho
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Manifestante mascarado segura uma cartaz em frente à embaixada equatoriana na capital inglesa
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A embaixada do Equador em Londres virou cenário de manifestações nesta quinta-feira, quando Quito anunciou, por meio de seu chanceler, que concederá asilo político a Julian Assange, fundador do WikiLeaks, refugiado na representação diplomática do país sul-americano desde junho