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Oriente Médio

Rebeldes sírios cometeram crimes de guerra, diz HRW

17 set 2012 - 13h08
(atualizado às 13h36)
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Rebeldes sírios cometeram crimes de guerra, incluindo tortura e assassinato de detentos, afirmou a Human Rights Watch nesta segunda-feira, pedindo aos países que apoiam os que lutam contra o regime do presidente Bashar al-Assad para pressioná-los a respeitar as leis humanitárias.

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O grupo sediado em Nova York disse que documentou mais de 12 casos em que os combatentes rebeldes mataram seus adversários capturados, enquanto pelo menos seis detentos entrevistados pela HRW contaram que haviam sido torturados e maltratados.

"Mais de uma vez a oposição da Síria nos disse que está lutando contra o governo por causa de suas abomináveis violações dos direitos humanos", declarou o vice-diretor da HRW para o Oriente Médio, Nadim Houry. "Agora é o momento de a oposição mostrar o que eles realmente falam."

Grupos de direitos humanos acusam as forças de Assad de realizar massacres, execuções sumárias e tortura generalizada em detenções desde a eclosão da revolta da Síria há 18 meses. Mas imagens de vídeo de combatentes rebeldes atirando corpos de edifícios altos na semana passada os cadáveres de 20 homens uniformizados, com as mãos atadas atrás das costas, sugerem brutalidade também entre os rebeldes.

A HRW apontou para o assassinato amplamente divulgado de quatro homens leais a Assad na cidade de Aleppo em 31 de julho, no mesmo dia em que foram capturados. Segundo a organização, os rebeldes teriam dito a eles que os homens foram julgados e condenados à morte por um conselho judicial local.

"Contudo, parece quase impossível que os homens receberam um julgamento justo por uma corte constituída regularmente, considerando as circunstâncias e a pressa com que foram julgados e executados", disse a HRW. A organização disse que autoridades da oposição lhe concederam acesso a várias cidades do norte.

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