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Estados Unidos

Egípcios protestam na praça Tahrir contra vídeo anti-Islã

14 set 2012 - 11h00
(atualizado em 17/9/2012 às 11h02)
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Centenas de muçulmanos egípcios expressaram nesta sexta-feira na praça Tahrir, no Cairo, sua ira contra um vídeo que parodia o profeta Maomé e que consideram blasfemo, enquanto o ambiente continua tenso nas imediações da embaixada americana. Os manifestantes saíram das mesquitas após a oração do meio-dia e foram à praça levando cartazes e cantando palavras de ordem.

"Não se pode insultar o islã. Aqui na praça estamos os muçulmanos defendendo nossa religião, tanto liberais como islamitas", disse à Agência Efe um dos participantes, Sayed Mahgub. Grupos de pessoas de tendência ultraconservadora percorreram a praça levando bandeiras sauditas e do partido salafista Al Noor, que convocou a manifestação junto com outras legendas.

A influente Irmandade Muçulmana também convocou protestos contra o filme de forma "civilizada e pacífica", após os choques que desde terça-feira foram protagonizados por manifestantes e forças da ordem junto à embaixada dos EUA no Cairo e que deixaram pelo menos 250 feridos. A situação continuava tensa em frente à legação diplomática depois que nesta manhã dezenas de jovens atiraram pedras em policiais, que responderam com gás lacrimogêneo e começaram a construir uma barreira para proteger a embaixada.

Enquanto isso, se intensificaram as mensagens nas redes sociais advertindo os estrangeiros que evitem comparecer à praça. Os próprios manifestantes pediram a transeuntes estrangeiros que se afastassem do lugar. Um grupo chegou a perseguir um jovem de aspecto ocidental que fugiu correndo para se proteger nos limites da praça, como a reportagem da Agência Efe constatou.

As forças de segurança detiveram até o momento pelo menos 40 pessoas acusadas de atacar propriedades públicas e a embaixada dos Estados Unidos no Cairo.

Em Roma, o presidente egípcio, Mohammed Mursi, qualificou hoje os ataques como "ações pueris e irresponsáveis que não têm outro efeito que não o de afastar a atenção do mundo dos verdadeiros problemas como a situação na Síria e a questão palestina".

EFE   
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