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Oriente Médio

No Líbano, Bento XVI pede manutenção de equilíbrio

14 set 2012 - 07h45
(atualizado às 11h09)
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O papa Bento XVI pediu nesta sexta-feira que seja preservado o equilíbrio entre cristãos e muçulmanos no Líbano logo após desembarcar no aeroporto de Beirute, onde iniciou uma visita de três dias ao país. "É muito importante o equilíbrio entre cristãos e muçulmanos. É preciso preservá-lo, e tem que ser ponderado", declarou.

O papa Bento XVI acena ao ser recebido pelo presidente libanês, Michael Suleiman, em aeroporto de Beirute
O papa Bento XVI acena ao ser recebido pelo presidente libanês, Michael Suleiman, em aeroporto de Beirute
Foto: Reuters

Para o papa, a existência deste equilíbrio no Líbano "provém de todos os seus filhos que estão comprometidos com sua conservação". Além disso, o papa Joseph Ratzinger antecipou que vem a este país "como amigo de Deus e dos homens para rezar pela paz de todos os países do Oriente Médio, seja qual for sua crença". "Rogo por vocês e pelos sofrimentos neste mundo e sinto o que estão sofrendo", ressaltou o Papa, que disse em árabe: "Vos dou minha paz".

Anteriormente, falando a repórteres a bordo de seu avião, Bento XVI pediu o fim do envio de armas para a Síria, o que considerou um "pecado grave". "A importação de armas (na Síria) precisa finalmente parar", disse o Papa. "Sem a importação de armas, a guerra não pode continuar. Ao invés de importar armas, o que é um pecado grave, precisamos importar ideias de paz e criatividade."

Ele também elogiou as manifestações da Primavera Árabe, que foi descrita por ele como um "grito por liberdade", desde que seja acompanhada pela tolerância religiosa.

Terceiro Papa no Líbano

Bento XVI é o terceiro Papa que viaja ao Líbano - os primeiros foram Paulo VI, que o fez em 1964, e João Paulo II, em 1997. A visita de Paulo VI em 2 de dezembro de 1964 foi muito breve, tendo durado apenas 52 minutos para uma escala técnica de seu voo rumo a Mumbai (Índia).

No aeroporto da capital libanesa, o pontífice foi recebido pelo então presidente Charles Helu, que esteve acompanhado de líderes religiosos, membros do governo, deputados e embaixadores. Paulo VI abençoou os libaneses: "Vos deixo meu coração, a garantia da minha afeição por vossa pátria querida", afirmou o então Papa, que repetiu três vezes "Viva o Líbano" e ofereceu um cheque de US$ 20 mil para que fosse destinado a obras de caridade para todas as comunidades religiosas, tanto cristãs como muçulmanas.

O segundo Papa a viajar ao país árabe foi João Paulo II, que fez uma visita pastoral nos dias 10 e 11 de maio de 1997 para entregar a Exortação Pós-Sinodal "Uma nova esperança para o Líbano", na qual pedia a reconciliação e a abertura de uma nova etapa no cenário local.

Na viagem iniciada hoje, Bento XVI assinará a Exortação Pós-Sinodal (documento final) do Sínodo de Bispos para o Oriente Médio, realizado em 2010. O Sínodo, do qual participaram 180 bispos, foi encerrado pelo papa com um apelo à comunidade internacional e aos países do Oriente Médio para que não retrocedam na busca de paz na região, uma conquista classificada por ele como "possível e urgente".

Com informações da agência Reuters

EFE   
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