Livro contradiz versão oficial sobre morte de Bin Laden
O livro No Easy Day (Nenhum dia é fácil, em tradução livre), escrito por Mark Owen - pseudônimo de um soldado SEAL que participou da missão que culminou na morte de Osama bin Laden em maio de 2011 - contradiz a versão oficial sobre o episódio.
Uma prévia da publicação, obtida nesta quarta-feira pela agência AP e repercutida em diversos portais noticiosos de língua inglesa, afirma que Bin Laden foi atingido na cabeça quando saía de seu quarto da mansão de Abbottabad, no Paquistão. Segundo o relato de Owen, o tiro fez com que o saudita caísse dentro do quarto, onde foi encontrado agachado em uma poça de sangue e cercado por duas de suas mulheres. Os soldados teriam então as afastado e disparado diversas vezes contra Bin Laden que, segundo dá a entender a versão, já estaria inclusive morto.
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Segundo a versão oficial liberada por oficiais da Casa Branca e do Exército dos Estados Unidos, os soldados dispararam ao encontrar Bin Laden, que teria feito menção de pegar uma arma localizada ao seu lado, além de ter tentado usar as mulheres como escudo humano. O relato de Owen faz menção às armas, as quais, todavia, só teriam sido encontradas, intocadas e sem munição, no corredor que dava acesso ao quarto do terrorista.
A morte de Bin Laden ocorreu durante uma operação secreta dos SEALS, elite militar americana, no Paquistão, no dia 2 de maio de 2011. Em menos de uma hora, os soldados invadiram e varreram a mansão de Abbottabad, onde o saudita teria morado por cerca de cinco anos; na operação também morreu o informante de Bin Laden, cujos relatos permitiram que a inteligência americana descobrisse o paradeiro do líder da Al-Qaeda e responsável pela organização dos atentados de 11 de setembro de 20001 nos Estados Unidos.
