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Ásia

Médicos: paquistanesa acusada de blasfêmia é mentalmente incapaz

28 ago 2012 - 04h54
(atualizado às 05h27)
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Uma equipe médica oficial confirmou nesta terça-feira a incapacidade mental da menina cristã Rimsha Masih, acusada de blasfêmia e que permanece presa à espera de uma decisão judicial, informou à agência EFE uma fonte próxima ao caso.

O diretor da Liga Ecumênica do Paquistão (APIL), Sajid Ishaq, disse que o relatório médico tornado público constata que a menina é menor de 14 anos - algo que fora posto em dúvida por seus acusadores e por alguns policiais - e sofre de retardamento mental.

Ishaq precisou que hoje acontece uma audiência do caso no Alto Tribunal de Islamabad e que, após a publicação dos exames médicos, há a chance de a menina ser libertada e até absolvida, mas advertiu do risco que ela corre.

"Rimsha já não poderá viver neste país, é perigoso demais", afirmou Ishaq, ao lembrar que muitos acusados de blasfêmia são mortos por seus acusadores, que decidem fazer justiça com suas próprias mãos em nome de sua visão do islã.

Os especialistas citados hoje pelo diário local The News denunciam a ilegalidade da detenção de uma adolescente e pedem a anulação das acusações feitas a uma pessoa cuja capacidade mental a impede sequer de entender o delito da qual é acusada.

Segundo diversas versões, a menina saiu em busca de papel para usar como combustível em sua casa e por engano recolheu versos do Alcorão.

EFE   
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