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Oriente Médio

ANP condena carta de chanceler israelense enviada ao Quarteto de Madri

22 ago 2012 - 11h09
(atualizado às 11h30)
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A Autoridade Nacional Palestina (ANP) condenou nesta quarta-feira a carta na qual o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, pede aos membros do Quarteto de Madri a substituição de Mahmoud Abbas, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tomou distância da carta.

Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente palestino, disse à agência "Wafa" que o Quarteto deve se pronunciar sobre a carta porque, além de "incitar a violência", representa uma intromissão nos assuntos internos palestinos.

O porta-voz se refere à carta enviada por Lieberman na última segunda aos ministros das Relações Exteriores dos EUA, Rússia e UE, assim como ao secretário-geral da ONU. Nesta, o ministro israelense pedia para os destinatários pressionar a ANP para afastar Abbas da Presidência palestina.

O chefe da diplomacia israelense descreve o atual Governo palestino na Cisjordânia de "despótico" e "infestado de corrupção", considerando que Abbas se transformou em um obstáculo para a paz no Oriente Médio por se negar a negociar com Israel antes da cessação das construções de assentamentos.

Para o porta-voz do presidente palestino, que pediu para Netanyahu substituir seu ministro das Relações Exteriores, a carta "não contribui em nada para criar um ambiente propício a paz", qualificando o ato como uma "quebra política".

Pouco tempo depois da divulgação do texto da carta, o jornal israelense "Ha''aretz" informou que Netanyahu preferiu se distanciar de seu conteúdo.

"A carta do Ministério das Relações Exteriores não representa a posição do primeiro-ministro ou do Governo", disse ao jornal um alto funcionário de seu escritório.

Segundo essa mesma fonte, Israel "não interfere em assuntos políticos internos em outros países", enquanto seu chefe de Governo "pretende dar continuidade aos esforços para promover o diálogo com os palestinos", apesar de concordar com Lieberman que Abbas "representa certas dificuldades para essas negociações".

EFE   
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