PUBLICIDADE

África

Número de mineiros mortos pela polícia sul-africana chega a 30

17 ago 2012 - 03h51
(atualizado às 04h25)
Compartilhar

Pelo menos 30 mineiros que se manifestavam em uma mina na África do Sul morreram nesta quinta-feira por disparos das forças de segurança, confirmou hoje o ministro da Polícia sul-africano, Nathi Mthethwa.

 Os distúrbios nesta mina começaram na sexta-feira passada e, antes da tragédia desta quinta, já haviam falecido dez pessoas
Os distúrbios nesta mina começaram na sexta-feira passada e, antes da tragédia desta quinta, já haviam falecido dez pessoas
Foto: AP

Mthethwa declarou à emissora

Talk Radio 702

que também há "muitos" feridos na mina de platina da empresa Lonmin em Marikana, a 100 km de Johanesburgo, onde os agentes abriram fogo contra mineiros armados com machetes e paus.

"A Polícia fez tudo o que pôde, mas os mineiros disseram que não deixariam o local e que estavam dispostos a lutar", comentou o ministro sobre um incidente que causou comoção na África do Sul e evocou a violência do "apartheid".

Em comunicado oficial, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, se declarou "comovido e consternado por esta violência sem sentido".

"Acreditamos que há espaço suficiente em nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa mediante o diálogo, sem violência e sem descumprir a lei", acrescentou Zuma.

Os distúrbios nesta mina começaram na sexta-feira passada e, antes da tragédia desta quinta, já haviam falecido dez pessoas em incidentes violentos entre os próprios manifestantes e em confrontos dos mineiros com as forças de segurança.

O conflito começou pela disputa entre dois sindicatos rivais, a majoritária Associação de Trabalhadores da Mineração e Construção (AMCU) e a União Nacional de Mineiros (NUM), iniciada há uma semana, logo após a declaração de uma greve.

A Polícia desdobrou desde então um amplo dispositivo para conter os manifestantes, que a imprensa sul-africana calculou em cerca de três mil pessoas.

EFE   
Compartilhar
Publicidade